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5 principais dúvidas sobre FIV: médico explica passo a passo do tratamento para engravidar

A Fertilização in Vitro (FIV) nem sempre é a melhor opção; abaixo, entenda os motivos

Com o avanço da medicina reprodutiva, a crescente decisão de postergar a maternidade, ou simplesmente a dificuldade de gerar de maneira natural, a fertilização in vitro (FIV) tornou-se uma alternativa cada vez mais procurada.

Apesar de sua popularização, o tratamento ainda gera muitas dúvidas. É uma opção que serve para todos? Existem riscos? Quais as chances de sucesso?

Para esclarecer os principais pontos, o Dr. Vamberto Maia Filho, médico ginecologista, obstetra e especialista em reprodução assistida, detalhou o processo. Veja abaixo.

Fertilização in vitro (FIV): principais dúvidas

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(Créditos: Freepik)

1. Qual a melhor idade para fazer FIV? 

Entender como a fertilidade funciona para ambos os parceiros é essencial. Nas mulheres, a quantidade e qualidade dos óvulos começa a diminuir a partir dos 30 anos e se acentua após os 35.

Por isso, o congelamento de óvulos é uma alternativa recomendada para quem deseja adiar a maternidade com segurança.

2. Como funciona o tratamento de FIV?

(Crédito: cottonbro studio/Pexels)

A fertilização in vitro é um processo dividido em etapas. A primeira fase é a indução da ovulação, feita com medicamentos hormonais que estimulam os ovários a produzirem mais óvulos.

Em seguida, os profissionais coletam esses óvulos em laboratório e os fertilizam com espermatozoides — eles podem transferir os embriões formados para o útero ou congelá-los para ciclos futuros.

“Atualmente, a maior parte dos ciclos é feita com embriões congelados, pois isso oferece mais segurança para a paciente e evita complicações como a síndrome da hiperestimulação ovariana”, esclarece o Dr. Vamberto.

3. O que é compartilhamento de óvulos e quem pode se beneficiar?

(Crédito: Matilda Wormwood/Pexels)

Para mulheres com baixa reserva ovariana, idade avançada ou falência ovariana precoce, a ovodoação pode ser o caminho mais eficaz. Nessa técnica, os óvulos vêm de uma doadora, são fertilizados e transferidos para o útero da receptora.

“O índice de sucesso do compartilhamento de óvulos é semelhante ao da FIV tradicional e chega a 60% por ciclo. É uma alternativa segura e cada vez mais comum, mas exige acolhimento e uma escuta atenta por parte do médico, já que envolve questões emocionais e pessoais profundas”, destaca.

4. Como saber se ainda tenho boa reserva ovariana?

Exames específicos ajudam a avaliar o potencial reprodutivo. Entre eles, o ultrassom para contagem de folículos antrais e o hormônio antimülleriano (AMH) são os mais indicados.

“Quanto mais folículos visíveis no ultrassom, maior a reserva. Já o AMH nos dá uma ideia mais precisa da quantidade de óvulos disponíveis. Esses dados são essenciais para indicar o melhor momento e o tipo de tratamento ideal para cada paciente”, explica o especialista.

5. FIV é sempre o melhor caminho?

(Crédito: Andre Furtado/Pexels)

Nem sempre. O médico ressalta que existem outros métodos de reprodução assistida de menor complexidade, como o coito programado e a inseminação intrauterina, indicados para casos mais simples.

“A FIV é um tratamento de alta complexidade e costuma ser recomendado quando os outros métodos não funcionam ou quando há fatores como endometriose severa, obstrução tubária ou idade mais avançada”, diz Vamberto. “Cada caso deve ser avaliado individualmente.”

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