A americana Laura Moreshi, mãe de duas meninas, publicou em sua conta do Twitter, no dia 6 de março, a foto das cartas escritas por suas filhas, uma de 7 e outra de 10 anos. No texto, as meninas pedem – de um jeito bastante emocionante – que o diretor da escola onde estudam as dispense das aulas do dia 8 de março. O motivo? Elas querem participar do protesto que mobiliza diversos países do mundo, “Greve Internacional das Mulheres” ou “Dia sem Mulher”.
My 7 year old's letter to her principal. #daywithoutawoman #InternationalWomensDay #resist @WCPSS pic.twitter.com/oxEXrQk3Vc
— Laura Moreschi (@LMoreschi) March 6, 2017
Querida (o) ……,
Eu não estarei na escola na quarta, dia 8 de março, por causa do “Dia Sem Mulher”. Eu vou escrever cartas para os meus parentes. Vou fazer minhas tarefas antecipadamente. Eu acho que esse dia é importante e eu espero que você também.
Talking at dinner last night about civic engagement and my 10 year old wrote this letter to her principal #DayWithoutAWoman pic.twitter.com/wgxiHD1eHH
— Laura Moreschi (@LMoreschi) March 6, 2017
Querida (o) …..,
Eu gostaria de participar do protesto do “Dia Sem Mulher”. Vou escrever uma carta para o editor, contar os congressistas, e fazer tudo o que eu puder para que fazer a minha voz ser ouvida. Com sua permissão, eu gostaria de ser dispensada da escola nesta quarta-feira. Vou falar com meus professores e fazer minhas tarefas antecipadamente, mas eu só gostaria de contar a razão da minha ausência. Obrigada.
Greve Internacional das Mulheres: por quê?
A manifestação que recebeu apoio dessas duas jovens tem o propósito desafiador de fazer as pessoas refletirem a ausência das mulheres na sociedade. E se elas se ausentassem de todas as tarefas que realizam durante um dia inteiro? A ideia é mostrar o quanto as mulheres são essenciais e o quanto a luta pela igualdade é justa e deve continuar.
O movimento tem a participação de mais de 40 países, dentre eles o Brasil e a Argentina, na América do Sul, Estados Unidos e México, na América do Norte, além de várias nações europeias como a Itália, a Escócia e a Polônia. Foi organizado por diversos coletivos feministas do mundo, como o Women’s March, tudo via internet.

Assim como milhões de mulheres pelo mundo sentem na pele o peso da desigualdade, do preconceito, da violência, as meninas das cartas, ainda com a pouca idade, conseguiram entender o verdadeiro simbolismo do Dia Internacional da Mulher. Reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) só em 1975, a data existe para lembrar uma luta que ainda continua.
Enquanto ainda houver conquistas a serem realizadas, enquanto ainda houver opressão, e as mulheres ainda forem tratadas como minoria, o dia 8 de março vai representar a luta histórica de uma classe que quer ser ouvida, que anseia por uma vida de igualdade e por uma sociedade mais justa.
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