Aprendendo a dividir o carro: regras de convivência para quem compartilha a direção

O carro é um item de consumo que, muitas vezes, representa a realização de um sonho. E, como toda grande conquista, passa a ocupar um lugar especial na sua vida. Por isso, você cuida dele com todo esmero e carinho. Agora, o que fazer quando precisa dividi-lo? Algumas regrinhas básicas de convivência podem ajudar os envolvidos a não baterem de frente.

A produtora executiva Danielly Reis divide o carro com o namorado. Para eles, questões de trabalho são decisivas na hora de apontar quem tem preferência no volante. “Uma reunião de negócios num local distante no turno da manhã sempre é prioridade”, conta Danielly. A médica Bárbara Louback e seu irmão usam o mesmo automóvel e, segundo ela, a regra é simples: ” É com relação à gasolina. Combinamos de ser alternado. Se eu encher o tanque hoje, na próxima vez ele é quem enche, independentemente de quem usou mais o carro nesse intervalo de tempo. A exceção seria em caso de viagens, em que o gasto de combustível é responsabilidade de quem está viajando com o carro. Nos outros casos, usamos o bom senso“.

A jornalista Lívia Aragão, que compartilha o carro com a mãe e o padrasto, é exigente quando o assunto é limpeza. “Eu detesto quando deixam lixo, porque pode dar barata. Por isso, pedi para que recolham a sujeira e joguem tudo fora quando saírem do carro. Normalmente, quem leva para lavar sou eu, mas o mínimo de higiene tem que ser respeitado, e tem dado certo”, diz a jornalista. Entre Danielly e o namorado, o combinado é deixar o carro organizado, sem objetos espalhados: “Nossa lei é sempre manter o carro livre de objetos particulares, pois, como trabalhamos muito na rua, podemos acabar dando carona a um cliente, a um diretor da empresa, e pode pegar mal”.

Os conflitos entre os envolvidos no rodízio são frequentes em datas comemorativas. Bárbara já passou por essa situação, mas conseguiu ajuda para desatar o nó: “Aconteceu uma vez no dia dos namorados. Eu queria sair com o meu namorado no meu carro e o meu irmão, com a namorada. Para nossa sorte estávamos em nossa cidade natal, Nova Friburgo, e o meu pai, antes mesmo que o problema se concretizasse, resolveu a questão emprestando o carro dele“.

Quem não tem carro, mas gosta de usufruir de conforto sem precisar pedir carona ou pegar emprestado, tem uma saída. Chegou ao Brasil, há cerca de três anos, o serviço de car sharing, que fatura com o compartilhamento de automóveis. Guilherme Monteiro, coordenador de marketing da Zazcar, especializada no assunto, explica como funciona: “É um serviço de aluguel de carros por hora ou diária, focado no uso cotidiano e urbano, como ir a uma reunião, sair com os amigos, fazer compras. Os carros ficam estacionados em diferentes lugares da cidade e estão disponíveis 24 horas por dia, basta fazer uma reserva pelo telefone, internet ou smartphone minutos antes do horário da utilização“. O car sharing existe, até o momento, na cidade de São Paulo, e permite ao usuário as mesmas vantagens que o dono de um veículo possui, mas sem as preocupações.