A hora certa

Eu sempre digo que a elegância mora nos detalhes. Hoje vamos tratar de uma peça muito particular: o seu relógio.

Conheço gente que vende a alma por um relógio e gente que nem sabe que horas são. De tudo o que se usa, o relógio, a meu ver, é uma das coisas mais caras. Lógico que tem relógio de R$ 1,00 mas existem relógios e relógios. Tudo bem que no final a função é a mesma, mas tem pessoas que vêem neles muito mais do que as horas.

Ele é um símbolo de status, de exibicionismo e também de elegância. O único problema dele é que só reconhece a fortuna daquilo que você pagou quem entende do assunto. Não é como um brinco de brilhantes que basta olhar para ver que você tem cinco milhões pendurados em cada orelha.

Falsificados não, pelamordedeus! Não gaste seu dinheiro, mesmo que seja pouco, para comprar aquele “Falsex” que parece de verdade

O mais famoso, pelo menos eu acho, no mundo dos ricos e famosos, são os Rolex. Reconhecíveis a distância, tanto por quem entende quanto por quem rouba. Anos atrás, o Cartier era o modelo da moda. Depois veio a febre do Breitling, até que os assaltos aumentaram, os ladrões fizeram um cursinho rápido sobre o assunto e hoje em dia, a menos que você tenha um carro blindado, tem que sair por aí é com um lindinho desconhecido de plástico.

Para quem gostaria de ter um para cada semana, mas não pode por razões que é melhor nem lembrar, o meu conselho é usar um modelo normal. Clássico. Nada muito enfeitado, nada de strass, pulseiras muito coloridas ou formatos estranhos. Lembre-se que é uma coisa que você vai usar todos os dias e olhar todas as horas. Se for muito cheguei, enjoa.

Os modelos mais esportivos servem para todos os dias e se você não possui nada mais clássico para aquelas malditas ocasiões especiais, não use nada e pergunte as horas para o bonitão mais próximo.

Não fica nada chique você com seu vestido vaporoso, maquiada e penteada, bolsinha e salto alto e aquela batata no braço.

E aqui vai uma dica. Não invente de colocar aquele reloginho “herança de família” que foi presente do vovô para a bisa. Pequenininho, pulseirinha mole, mas que estava na moda há 50 anos. Aliás, a bisa tinha olhos de lince, porque enxergar as horas naqueles reloginhos de ouro é missão impossível!

Falsificados não, pelamordedeus! Não gaste seu dinheiro, mesmo que seja pouco, para comprar aquele “Falsex” que parece de verdade. Eu sou totalmente contra qualquer coisa falsificada. Relógio, então, pior ainda! Descasca, o dourado vai ficando prateado, o prateado vai ficando preto, entra água, atrasa… E quando você tira, fica aquela marca escura no pulso porque com o suor “a lata” oxida. Um desastre!

Para um ser normal que gostaria de ter um bom relógio, economize muito e compre um modelo clássico, mas de quem faz relógio e não de quem faz jeans. Pague em 20 vezes e use só em ocasiões em que você não corra risco para não acabar pagando a prestação de uma coisa que não existe mais.