Dizem que ninguém manda no coração. A paixão pode acontecer quando menos se espera e ser despertada por qualquer pessoa. “O ser humano tem a sensação eterna de ser incompleto, procurando nos objetos e no outro esta complementação. Deste modo, podemos dizer que sempre estamos carentes, procurando fora de nós aquilo que nos faz falta. Isso é o que nos faz apaixonar”, observa a psicóloga Sandra Porto.
E quando o sentimento acontece justamente pelo namorado da irmã, saiba que isso pode não ser culpa sua. Mas a escolha de viver esse amor tem suas consequências, que devem ser enfrentadas. “Aqui se coloca uma questão ética: vale a pena ser feliz tirando do outro essa mesma possibilidade?”, pontua a especialista. “Hoje em dia é muito difundida a ideia que o que importa é ser feliz, a despeito do que se faz para consegui-la. O que não se coloca em debate são as consequências éticas e morais que estão implicadas nesses atos”, acrescenta.
Se você resolveu arriscar tudo em nome desse amor e o seu cunhado correspondeu, saiba que é preciso que vocês dois sejam sinceros com sua irmã. “Qualquer relação para dar certo deve ser baseada na transparência, no diálogo honesto e sincero, no cuidado com o outro. É preciso saber se as relações estão estruturadas nestas bases para que os problemas que surgem pelo caminho sejam resolvidos de forma saudável e benéfica para todos os envolvidos”, afirma Sandra.
Quando a escolha é passar por cima dos sentimentos em nome da relação fraternal, você vai precisar ser forte e não dar ouvidos ao seu coração. “Sentir com a mente e pensar com o coração seria o caminho que deveríamos seguir para que nos tornemos emocionalmente saudáveis podendo, desta forma, responder e enfrentar de uma maneira equilibrada, situações como esta”, finaliza a psicóloga.
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