SÃO PAULO – Vai viajar ao exterior e está se perguntando como irá pagar suas compras? Pois bem, não é assim tão complicado. Em relação aos cartões há duas principais possibilidades: levar um cartão de crédito/débito liberado para uso no exterior ou então buscar opções de cartões pré-pagos. Apesar destas duas possibilidade, o diretor executivo do Grupo PAR e consultor de finanças pessoais, Marcelo Maron, aconselha os cartões pré-pagos.
O consultor explica que, no geral, nos cartões de crédito oferecidos pelos bancos, a taxa de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) cobrada nas conversões do câmbio é de 6,38%. Já nos cartões pré-pagos, essa mesma taxa é de 0,38%. “Na média de gastos de US$ 3.000 no exterior, o cliente irá economizar cerca de US$ 114 usando o cartão pré-pago”, diz Maron, comparando o valor da economia ao de três diárias de hotéis nos Estados Unidos.
O estatístico Fernando Rosa pesquisou durante 4 anos valores de faturas de cartões de crédito de uso fora do Brasil e discorda de Maron, dizendo que, no final das contas, tanto faz usar um pré-pago com dólar mais caro e IOF mais barato ou pagar uma taxa pior de imposto e um pouco menos na conversão cambial usando um cartão de crédito comum.
Veja os detalhes dos tipos de cartões:
Prós e contras dos cartões de crédito
Quem quer levar no bolso um cartão de crédito comum, antes de viajar, é importante ir até a agência bancária do seu cartão e pedir a liberação para uso no exterior. A solicitação também pode ser feita por telefone. Existem cartões, como os “Gold”, que já possuem essa liberação automaticamente. Como desvantagem, por normas do Governo Federal, em todos os modelos são cobrados 6,38% de IOF.
A vantagem de um cartão de crédito, explica Rosa, é que sua taxa de conversão é mais próxima do dólar comercial, além do mais, esses produtos costumam possibilitar ao cliente o acúmulo de pontos no programa de fidelidade, que geram milhas que podem pagar sua próxima viagem.
Vantagens e desvantagens dos cartões pré-pagos
Já o consultor Marcelo Maron conta que a maior vantagem dos cartões pré-pagos é a disciplinar, pois os gastos permitidos se referem ao total disponível no cartão. “O cartão de crédito tem um limite grande e acaba fazendo com que gastemos mais, sem nos darmos conta disso e então quando voltamos ao Brasil e vemos a fatura, levamos aquele susto”, alerta ele.
Um outro ponto positivo, é que, diferente dos cartões normais, os pré-pagos não possuem anuidade. Já para saques, tanto os pré-pagos quanto os cartões usuais possuem taxas. Também é importante lembrar que os ATMs (caixas eletrônicos) de outros países costumam aceitar qualquer cartão liberado para uso no exterior.
Como contra, além de não acumular pontos de fidelidade para uma próxima viagem, a taxa de conversão dos cartões pré-pagos é mais próxima do dólar turismo, ou seja, são mais caras. “Apesar disso, ele te protege da variação cambial, pois você sabe quanto vai pagar no dólar na hora que carrega o cartão”, orienta Rosa.
Cartão de um banco local
Rosa dá ainda uma outra dica para quem vai passar um tempo mais longo no exterior: solicitar um cartão de crédito de um banco local. “A grande vantagem é que não será necessário pagar a taxa de IOF de 6,38%”.