Mariana Bueno
Do Bolsa de Bebê
Uma sessão de cinema onde as mães podem ir tranquilamente com seus bebês, sem ter medo de que o choro deles incomode os demais espectadores ou que haja algum contratempo se precisar trocar a fralda. “Além disso, é uma oportunidade para as mães retomarem sua vida social e trocar experiências com outras mulheres que estão vivendo a maternidade”, explica Taís Viana, uma das idealizadoras do CineMaterna, que está presente em quase 30 cidades de 14 Estados do Brasil.
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O projeto começou em 2008, quando em um grupo de discussão pela internet sobre parto humanizado e maternidade, uma mãe cinéfila declarou que sentia falta de ir ao cinema após o nascimento de seu primeiro filho. O sucesso foi grande e o encontro virou uma atividade semanal para mães que, entre amamentação e fraldas, conseguiram retomar sua vida cultural. “O CineMaterna não é uma sessão de cinema infantil. São filmes adultos, voltados para as mães. Nosso objetivo é fazer com que elas se sintam bem. A fase do nascimento de um bebê é maravilhosa, mas é difícil. Os horários mudam, fica complicado manter uma convivência com os amigos, pois a vida fica diferente. A exibição dos filmes acontecem sempre durante a semana e no período da tarde, quando, geralmente, as mães se sentem mais sozinhas, já que é um horário em que todos estão fora, trabalhando”, comenta.
Sessão de cinema para mamães e bebês (Crédito: Divulgação/CineMaterna)
Durante a sessão de cinema as luzes ficam um pouco acesas, o ar condicionado não é tão forte, o som é mais baixo, há estacionamento para os carrinhos e, dentro da sala, um trocador com fraldas, lenços umedecidos e antiassaduras, posicionado de frente para a tela, de modo que ela não perca nenhuma parte do filme. Para bebês que já engatinham, há também um tapete de atividades. E após o filme, uma confraternização. “Há sim, choro, algum barulho, mas a sessão costuma ser mais silenciosa do que se comparada à de um filme infantil ou adolescentes. E como as mães já estão acostumadas, não se incomodam com o choro de outros bebês”, diz.
A idade mínima para levar o bebê varia muito. Há mães que se sentem mais seguras em sair de casa sozinhas logo no começo, já outras preferem esperar um pouco mais. Na dúvida, Taís sugere conversar com o marido ou mesmo o pediatra para que se sintam mais confortáveis.
Os cinemas onde acontecem as sessões do CineMaterna são todos vistoriados previamente, para verificar se apresentam condições de receber as mães e seus bebês. O filme exibido é escolhido pelas mães cadastradas no site do programa, e é possível também solicitar que o projeto chegue a alguma nova cidade.





