Lixões e aterros

É muito importante saber a diferença entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário. O motivo é simples: sabendo o impacto ecológico que cada um causa, fica mais fácil cobrar uma postura das autoridades competentes.

Um lixão não tem preparação do solo. A decomposição dos resíduos gera o chorume, um líquido negro e tóxico que contamina o solo e as águas subterrâneas, e o gás metano, um gás de efeito estufa 23 vezes mais poderoso do que o CO2 expelido pelo escapamento dos carros. Olha o aquecimento global aí, gente!

Moscas, pássaros e ratos convivem com crianças, adolescentes e adultos que buscam comida e materiais recicláveis para vender. Por lá, o lixo fica exposto sem nenhum procedimento que evite as conseqüências ambientais e sociais negativas. O pior é que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 50 mil toneladas (21% do total) de lixo doméstico brasileiro vão para lixões a céu aberto todos os dias.

Já o aterro controlado seria um meio termo, entre o lixão e o aterro sanitário. Normalmente, seu passado é de lixão, mas é preparado para receber os resíduos com uma impermeabilização com manta. Possui uma operação que procura dar conta dos impactos negativo,s tais como a cobertura diária da pilha de lixo com terra ou outro material disponível como forração ou saibro. O chorume é coletado, o que diminui sua absorção pelo solo.

Mas o ideal mesmo é que todas as cidades fossem equipadas com um aterro sanitário. Este espaço é previamente preparado com nivelamento de terra e com o selamento da base com argila e mantas de PVC extremamente resistente. Essa impermeabilização do solo faz com que o lençol freático não seja contaminado pelo chorume. O lixo é coberto diariamente, o que evita a proliferação de transmissores de doenças, mau cheiro e poluição visual.