6 fatos sobre a Revolução Iraniana e a crise dos reféns norte-americanos

Em fevereiro de 1979 o aiatolá (líder religioso xiita) Khomeini retornava do exílio em Paris e liderava com sucesso a Revolução Iraniana, que instaurou um governo religioso no Irã, alterando os rumos da política externa no Oriente Médio. Saiba mais fatos sobre esta revolução e a crise com os Estados Unidos:

#6 – Xá da Pérsia

A Revolução Iraniana de 1979 derrubou do poder o xá (rei) Reza Pahlevi, que estava no poder desde 1941. O xá mantinha o Irã próximo ao Ocidente e aos Estados Unidos, mas seu governo era autoritário e truculento, provocando a oposição de boa parte da população iraniana.

#5 – Crise econômica

No final dos anos 70, a situação econômica do Irã era tensa com muita inflação e desigualdade social. A pressão sobre o xá se intensificou. Religiosos, socialistas e demais opositores se uniram com o objetivo de mudar o governo.

#4 – Revolução Islâmica

A figura do aiatolá Khomeini e o crescente poder de lideranças religiosas islâmicas no processo de deposição do xá transformou a Revolução Iraniana e uma Revolução Islâmica, e o país passou a ser uma república islâmica teocrática. O Irã se distanciou do Ocidente e passou a adotar um discurso de forte oposição aos Estados Unidos.

#3 – Crise dos reféns

Em novembro de 1979, a embaixada dos Estados Unidos no Irã foi invadida por estudantes e militantes islâmicos, fazendo 52 funcionários reféns. A libertação ocorreu apenas em janeiro de 1981, totalizando 444 dias de muita tensão e desgaste para o presidente americano Jimmy Carter, que não conseguiu se reeleger.

#2 – Fuga improvável

Alguns funcionários conseguiram escapar para a embaixada canadense e foram resgatados de forma bastante improvável, conforme relatado no filme “Argo”.

#1 – Efeitos

Desde então o Irã e os Estados Unidos mantém uma relação hostil e distante. O governo Bush, após os atentados de 11 de setembro, incluiu o país como um dos membros do “eixo do mal”. A situação vem sendo amenizada de forma lenta e gradual no governo Obama, a despeito da suspeita de que o Irã possa desenvolver armamento nuclear.