Abelhas que não soltam ferrão: elas existem (e não morrem depois de atacar)

Mais de 300 espécies de abelhas que não soltam ferrão existem no Brasil. 

As abelhas sem ferrão medem cerca de 3 a 11 milímetros e são douradas. Assim como as abelhas com ferrão, elas também armazenam mel e formam ninhos em muros de pedra, tijolos vazados, ocos de árvore, que podem durar por volta de 35 anos (elas morrem, mas os ninhos se mantém com uma nova abelha-rainha, a chefe).

Elas são conhecidas como abelhas indígenas ou meliponíneas, e vivem em regiões tropicais e subtropicais. Uma delas é a Tetragonisca angustula, chamada de tajaí (foto abaixo).

Abelhas sem ferrão: como sobrevivem?

Na verdade, elas possuem seu ferrão atrofiado e, por isso, não conseguem usá-lo como uma arma defensiva. Defendem seus ninhos se enroscando nos cabelos e “mordiscam a pele”, como explica a Webbee, a Rede de Informações sobre Biodiversidade Brasileira em Abelhas, da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo pesquisa mais recente, publicada na revista científica da Nature, elas também contam com uma ajuda especial: abelhas guardiãs, de outras espécies, que possuem ferrão e são 30% maiores. Elas ficam nas portas dos ninhos e agem como se fossem soldados.

Como elas não soltam ferrão e também não picam, não morrem ao atacar um humano. Mas, apesar disso, o tempo médio de vida comparado a espécie que solta ferrão é o mesmo.

Curiosidades das abelhas