Um bom exemplo de que a atividade econômica do homem pode caminhar de mãos dadas com a natureza está em alguns cafezais de importantes centros produtores. Para isso, é preciso deixar o “nojinho” de lado e aceitar a ideia de que grãos defecados ou cuspidos por mamíferos e aves apresentam um sabor superior. E, sim, custam caro.
Conheça alguns exemplos:
#1 – Fezes de Jacu
O Jacu é uma ave que adora se alimentar de grãos de café. Por isso, representava um grande problema para os produtores do Espírito Santo, um dos estados que mais produzem café no Brasil. Até que o proprietário de uma fazenda resolveu fazer o teste. Recolheu os grãos das fezes do Jacu, os higienizou e realizou o processo de secagem e moagem. O resultado foi mesmo um café de aroma e paladar superiores, negociado para o mercado gourmet do exterior. O preço? Até R$ 250 o quilo!
#2 – Cuspe de Cuíca
Também no Espírito Santo, uma fazenda passou a ser alvo de “ataque” de Cuicas, um pequeno e simpático mamífero. As Cuícas aproveitam apenas parte dos grãos mais doces e cospem o resto no chão. Pois tais grãos cuspidos, sempre mais doces do que os outros, foram tratados e também resultaram em um café gourmet.
#3 – O badalado Kopi Luwak
Considerado um dos cafés mais saborosos – e caros – do mundo, o Kopi Luwak é desenvolvido no Sudeste Asiático, em países como Indonésia e Filipinas. O detalhe é que os grãos que geram o Kopi Luwak são retirados das fezes da Civeta, um mamífero que adora os grãos recolhidos nos pés e que outrora também era considerado uma praga para a produção local. Se liguem no preço: US$ 500 o quilo!
#4 – Cuspidas em Taiwan
Um caso bem semelhante ao registrado no Espírito Santo ocorre em Taiwan, também na Ásia. Por lá, um fazendeiro descobriu que os grãos cuspidos por uma espécie de macaquinhos também eram mais suculentos e doces. O resultado? Um café apreciado, valendo cerca de US$ 100 o quilo!