A Sociedade Americana de Química divulgou um estudo realizado pelo doutor Kelsey K. Sakimoto em que ele “ensina” bactérias a cobrirem seus corpos com placas solares.
O resultado obtido foi uma fotossíntese – processo em que energia solar é transformada em vários subprodutos, não necessariamente oxigênio – 80% mais eficiente que o processo natural das plantas.
Qual a vantagem da fotossíntese artificial?
Segundo o estudo, o objetivo é “permitir que os seres humanos captem mais energia do sol do que a fotossíntese natural”. Os pequenos painéis, na verdade, são nanocristais semicondutores.
Sakimoto defende que esse material é “muito mais eficiente que a clorofila e pode ser cultivado por uma fração do custo dos painéis solares”.
Combustíveis limpos
Em longo prazo, o intuito é usar essa tecnologia para produção de combustíveis mais limpos e menos danosos ao meio ambiente. No experimento, isso é possível porque a bactéria usada (a Moorella thermoacetica) libera um importante ácido na sua respiração.
O ácido acético, produzido a partir de dióxido de carbono, “é um produto químico versátil que pode ser facilmente atualizado para vários combustíveis, polímeros, produtos farmacêuticos e produtos químicos básicos através de bactérias complementares geneticamente modificadas”, explica o estudo.
Como bactérias foram transformadas em painel solar?
O sistema fez com que as bactérias sintetizassem partículas de sulfeto de cádmio, propriedade que funcionou como um painel solar.
“Uma vez cobertos com esses minúsculos painéis solares, as bactérias podem sintetizar alimentos, combustíveis e plásticos, todos usando energia solar”, disse o químico Sakimoto.
A equipe de pesquisa ainda conseguiu tornar o processo replicante, o que torna a tecnologia livre de desperdício.
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