Estudo Científico comprova que a melhor maneira de gastar dinheiro é com viagens

por | nov 30, 2016 | Ciência

Responda rápido: o que você faria se ganhasse na loteira hoje? Quem respondeu: “viajaria o mundo”, tem o apoio da ciência! 

É que, de acordo com o professor de psicologia da Universidade de Cornell, Thomas Gilovich, que estuda a questão do dinheiro e da felicidade há mais de duas décadas, em vez de comprar o último iPhone ou BMW da linha, a pesquisa sugere que você pode obter muito mais felicidade gastando seu dinheiro em experiências como exposições de arte, atividades ao ar livre ou, simplesmente, viajando.

Objetos materiais X Experiências reais

De acordo com pesquisas recentes, um dos grandes inimigos da felicidade é a adaptação. De acordo com o professor Gilovich, nós compramos coisas para nos fazer felizes, e conseguimos – mas só por um determinado tempo. “Novos objetos são emocionantes para qualquer pessoa no início, mas não depois ela se adapta a eles”, afirma.

É por isso que fazer uma viagem incrível é a melhor maneira de se gastar dinheiro.

As descobertas de Gilovich são a síntese de estudos psicológicos conduzidos por ele e outros tantos pesquisadores, que conseguiram provar que o dinheiro compra felicidade, mas só até certo ponto. Com o estudo, foi possível medir o “nível de felicidade” através do relato de pessoas sobre diferença entre a compra de material importante ou de situações experienciais.

Inicialmente, a felicidade com os dois tipos de compra foi classificada quase como a mesma. Porém, como uma adaptação à felicidade, a satisfação das pessoas com as coisas que compraram diminuiu, enquanto a sua satisfação com as experiências vividas subiu. É contra-intuitivo acreditar que algo como um objeto físico que você pode manter por um longo tempo não consegue mantê-lo tão feliz quanto uma experiência feliz.

istock

Ironicamente, o fato de que uma coisa material está sempre presente na sua vida trabalha contra ela, facilitando sua adaptação. Essa felicidade pela “posse” se desvanece em segundo plano e se torna algo normal. Porém, enquanto a felicidade das compras materiais diminui ao longo do tempo, as experiências se tornam uma parte enraizada da história e identidade de cada um.

“Nossas experiências são uma parte maior de nós mesmos do que nossos bens materiais”, diz Gilovich. “Você pode realmente gostar de suas coisas materiais. Você pode até pensar que parte de sua identidade está ligada a essas coisas, mas ainda assim elas permanecem separadas de você. Em oposição, suas experiências realmente fazem parte de você. Nós somos a soma total de nossas experiências”, revela.

Seja feliz dormindo bem