Ficar muito tempo sem dormir pode aumentar até os ricos de demência cerebral. Isso porque, segundo um estudo realizado pela Universidade Politécnica de Marche na Itália, células cerebrais que destroem e digerem detritos desgastados, promovendo uma espécie de faxina no órgão, trabalham em excesso quando há privação de sono.
O fato poderia então explicar por que pessoas que dormem menos de seis horas à noite ou sofrem com sono de má qualidade apresentam maiores chances de desenvolver demência, Alzheimer e outros distúrbios neurológicos.
Insônia, noites mal dormidas: o que diz a ciência?
Publicado pelo Journal of Neuroscience, a pesquisa mostrou que, comparando o cérebro de ratos de laboratório que tinham padrões de sono normal com camundongos que eram obrigados a ficar sem dormir, era possível observar que o órgão tem um mecanismo de limpeza que recria sinapses danificadas e as transforma em proteínas e novas membranas, que apenas funcionaria plenamente quando o sono é regular.
No cérebro de roedores com privação de sono o sistema de faxina permanecia mais ativo do que o normal e, trabalhando além da conta, quebrava mais conexões neurais, desregulando o bom funcionamento cerebral.
Todo o processo, de acordo com os pesquisadores, acelera o funcionamento de pequenas células imunológicas do sistema nervoso, chamadas de micróglias e responsáveis pela proteção do cérebro, podendo então comprometer sua ação defensora e aumentar os riscos de doenças neurodegenerativas.
Dicas para uma boa noite de sono
- Descubra se você sofre de algum transtorno de sono observando 7 sinais
- 9 hábitos que atrapalham o sono e você deveria cortar antes de dormir
- Como pegar no sono em segundos com exercício de respiração