Sexta maior lua do sistema solar, a Europa é uma das dezenas de luas do planeta Júpiter que, há anos, mais fascina os astrônomos. Complexa, ela teria capacidade até de abrigar vida. Recentemente, mais uma descoberta: Europa pode brilhar no escuro, sem a presença do Sol.
Lua de Júpiter brilha no escuro
Assim, uma nova pesquisa feita por cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da NASA, detalhou como esse brilho seria e o que ele pode revelar sobre a composição da lua.
A hipótese do brilho da famosa lua de Júpiter surgiu a partir de simulações em laboratório, por meio de um processo chamado Luminescência eletro-estimulada.
O experimento, feito por cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da NASA, mostrou como o gelo do satélite irradiaria uma luz esverdeada, graças à radiação lançada pelo campo magnético de Júpiter sobre a superfície gelada de Europa.
Para o estudo, a equipe de pesquisadores inicialmente resfriou gelo a cerca de -173,15 °C. Em seguida, ele foi exposto a pulsos de radiação de elétrons. Foi possível notar então que o gelo emitiu brilho, cuja intensidade variava de acordo com a composição da água.
Os cientistas descobriram ainda que o cloreto de sódio e o carbonato são capazes de reduzir o brilho do gelo, enquanto a epsomita aumenta a luminosidade. Cloreto de sódio, carbonato e epsomita são sais presentes na atmosfera da lua.
O brilho da Europa, portanto, é resultado de um mecanismo bem diferente da lua da Terra, pois pode iluminar o satélite até mesmo no lado em que não recebe luz do Sol.
Em um futuro breve, mais precisamente na metade da década de 2020, a superfície da Europa poderá ser observada com maior precisão, já que está em curso a missão Europa Clipper, que deverá enviar novas informações da composição do gelo dessa lua.
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