A natureza tem o poder de provocar ondas marítimas acima de 25 metros de altura (equivalente a um prédio de 10 andares) sem que elas sejam um tsunami.
A Agência Espacial Europeia (ESA) analisou mais de 30 mil imagens de satélite e descobriu que, só em 2003, houve mais de 10 registros de ondas gigantes ao redor do mundo.
Qual a diferença entre ondas gigantes e tsunamis?
As ondas gigantes de 25 metros de altura são diferentes de tsunamis (ou maremotos).
Ondas de tsunami podem ter tamanhos variados, chegando a até 50 metros de altura.
Além disso, tsunamis formam ondas compridas, que atingem pelo menos 10 km de largura e pode durar até meia hora – enquanto as ondas gigantes permanecem apenas por alguns minutos.
Formação de ondas gigantes
Diferente dos tsunamis, que são gerados a partir de um terremoto nas placas tectônicas que ficam sob o oceano (devido ao tremor, uma agitação é provocada de forma violenta e desordenada), as ondas gigantes são formadas por equações não-lineares.
Ou seja, a explicação científica mais palpável para a existência deste fenômeno diz que uma onda que começou pequenininha pode se tornar gigante devido ao acúmulo de energia. Tudo depende da ‘estabilidade’ de cada onda: quanto mais instáveis elas são, maiores são as chances de as ondas marítimas ‘roubarem’ energia de outras ondas para crescerem mais.
Dizendo assim, parece que o fenômeno de instabilidade é comum e acontece a todo momento. Só que, de acordo com o físico Günter Steinmeyer, do Instituto Max Born, de Berlim (Alemanha), “é difícil ver como essa interferência pode ser evitada no mundo real”.
“A princípio é possível prever uma onda gigante, mas nossa estimativa de previsão confiável é de apenas um minuto no máximo”, explicou Steinmeyer à BBC Earth. Ou seja, mesmo que uma onda gigante fosse detectada, os oceanógrafos só identificariam depois que elas batessem.
Maremotos e placas tectônicas
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