
Diversas pizzarias na cidade de São Paulo se mobilizaram, em 1985, para um concurso que iria eleger as 10 melhores receitas de muçarela e margherita na cidade. Criada pelo então secretário de turismo, Caio Luís de Carvalho, a competição teve tanto êxito, que a data de encerramento, 10 de julho, seria oficialmente comemorada como o Dia da Pizza.
Mas, você conhece a história da famosa ‘redonda’?
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Hebreus, egípcios, gregos, turcos
A pizza foi criada na Itália, mas é intercâmbio de diversos costumes. Há pelo menos seis mil anos, egípcios e hebreus consumiam o que pode ser considerada ‘ancestral distante’ da pizza.
Sem ter o formato arredondado, um delgado estrato de massa com farinha misturada à água tinha o nome de ‘píscea’ e era parecido com o pão sírio.

A forma de assá-lo vem dos gregos que, antes de saborear suas massas com farinha de trigo, arroz ou grão-de-bico, colocava-os em tijolos ardentes.
Junto ao hábito dos fenícios, no século III a.C., que colocavam carne e cebola em seus pães, além de costumes de turcos muçulmanos, a pizza ‘chegou’ a Nápoles por volta do século XI, quando o pão turco, redondo e chato como um disco passou a ser apreciado pelos italianos.
Os napolitanos ficaram fascinados com o ‘petisco’ e aperfeiçoaram a massa , adicionando coberturas variadas, principalmente queijo.
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Alimento para os mais pobres

Ainda assim, a pizza não era vista como um alimento suculento. Naquela época, os italianos produziam pizzas para alimentar os pobres do Sul do país, utilizando ingredientes baratos para recheá-la, como toucinho, peixes fritos e, claro, o onipresente queijo.
Em outros locais, seu formato de pão achatado com queijo, farinha de trigo, óleo, gordura e ervas foi amplamente comercializado, ajudando a popularizar a pizza.
É por volta de 1700 que ela começa a ganhar seu formato arredondado. Só depois o tomate seria adicionado à iguaria, quando os espanhóis levaram a fruta da América para a Europa.
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Atingindo a nobreza
A pizza começa a ter status de nobre quando o Rei Humberto e a Rainha Margherita vão a Nápoles pela primeira vez, em 1889. O famoso pizzaiolo do reino, Raffaele Esposito, ficou incumbido de preparar um prato especial e serviu duas pizzas diferentes: uma com gordura, queijo e basílico; a outra, com muçarela, tomate e basílico, lembrando as cores da Itália.
A rainha adorou a pizza, motivo para que seu nome ficasse eternamente associado ao sabor.
Chegada no Brasil

No Brasil, a pizza chegou no século XIX, quando diversos italianos imigraram para o litoral de São Paulo. Assim como ocorreu em escala global, por aqui a iguaria ganhou incrementos em cada região com o passar dos anos.
Na Bahia, por exemplo, é possível encontrar pizzas de rapadura. Em Curitiba (PR), tem pizzarias que oferecem versão com farofa, sorvete e até pétalas de rosa.
Ao lado de Nova York, São Paulo é uma das cidades que mais consome pizza no mundo. De acordo com a empresa de consultoria alimentícia ECD Food Service, os paulistas comem 800 mil unidades de pizza por dia – mais da metade do que o brasileiro, como um todo, consome: 1,5 milhão por dia.