Os cogumelos psicodélicos, ou mágicos, têm sido ingeridos por humanos por mais de 9000 anos. Mesmo hoje, este fungo que cresce naturalmente, é comumente usado como uma droga recreativa, causando alucinações. Mas como exatamente ele funciona?
#1 – O principal ingrediente psicoativo dos cogumelos é chamado de psilocibina, que acha seu caminho até o cérebro, e nele, começa a prevenir a recaptação do neurotransmissor serotonina, aumentando sua atividade.
#2 – Além disso, a psilocibina tem uma estrutura química similar à serotonina, o que significa que ela pode se conectar e estimular receptores no cérebro. Essa estimulação amplificada faz você perceber e experimentar coisas sem nenhum estímulo real – também conhecido como alucinação. Tais alucinações podem ser de diversos tipos: visuais, auditivas, com sentimentos místicos e profundos. E enquanto certas experiências podem ser muito agradáveis, alguns usuários reportaram episódios muito desagradáveis. Essas sensações duram entre 3 e 8 horas, mas podem parecer durar muito mais, já que a droga altera seu sentido de tempo.
#3 – Cientistas também sugeriram que o cérebro poderia se rearranjar temporariamente, inibindo atividade cerebral normal e imediatamente criando novas conexões cerebrais biologicamente estáveis. Isto, por fim, causa a distinção entre realidade e fantasia, e amplifica sua intensidade de pensamentos, o que faz com que planejamentos futuros e pensar sobre sua autoconsciência sejam tarefas quase impossíveis.
#4 – Finalmente, regiões emocionais específicas do cérebro são ativadas quimicamente, o que pode levar a uma sensação de consciência expandida. E como a droga altera temporariamente os caminhos em seu cérebro, pensar fora dos padrões se torna extremamente natural.
#5 – Em um famoso estudo americano, 36 participantes com educação superior receberam psilocibina e foram observados em laboratório. 1/3 dos participantes disseram ter experimentado o momento mais espiritualmente único de suas vidas, enquanto que os outros 2/3 colocaram a sensação em seu top 5. Dois meses depois de tomar a droga, 79% dos participantes disseram ter tido um aumento na sensação de bem estar e satisfação.
#6 – Mas nem tudo são flores – 22% dos indivíduos clinicamente testados experimentaram medo e paranoia em certos pontos durante a “viagem”. E por causa do estado de seus cérebros, essas sensações normalmente se manifestaram como alucinações incontroláveis.
#7 – Mesmo que muito ainda seja desconhecido sobre cogumelos, eles não são considerados clinicamente viciantes e são pouco tóxicos para outros sistemas de órgãos. Na verdade, um estudo britânico descobriu que eles causam menos danos – tanto para o indivíduo quanto para os outros – quando comparado com outras drogas recreativas. No fim, os cientistas acreditam que as leis precisam mudar em relação a testes clínicos com a droga, desta maneira, uma pesquisa avançada pode ser executada para compreender completamente os efeitos positivos e negativos que esses fungos “mágicos” têm em nossos cérebros.