
A Síndrome de Cotard, conhecida pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) como a doença da imortalidade, é rara, mas é capaz de deixar a pessoa com aparência de morta viva, como um zumbi.
Chamada de síndrome do cadáver ambulante, é uma doença psicológica que faz o indivíduo achar que está em decomposição e acreditar que está sozinho no mundo.
Ligada à depressão, essa condição foi descoberta em 1880, pelo neurologista francês Jules Cotard. Ele descreveu na época o caso de Mademoiselle X, uma mulher que sofria de melancolia grave.

O médico denominou a doença como um delírio de negação, em que os pacientes rejeitam a existência de órgãos do corpo, das outras pessoas e até da sua própria existência.
Pessoas com a síndrome de Cotard podem ser classificadas em três níveis: o da depressão psicótica, em que a pessoa sofre de melancolia e tem poucos delírios niilistas (que não acredita em absolutamente nada); o nível I, em que se somam delírios hipocondríacos; e o II, com delírios também de imortalidade, ansiedade, depressão e alucinações auditivas.
Síndrome de Cotard no Brasil
Casos já foram registrados em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. A ABP relatou o caso de um homem de 66 anos que foi diagnosticado com a doença no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Ele acreditava que sua comida estava envenenada, achava que sua garganta estava “tapada”, pensava estar sendo perseguido e não realizava higiene pessoal.
O paciente não respondia aos remédios e começou a apresentar outras doenças, como infecção respiratória e pneumonia. Recebeu alta após redução dos sintomas, mas morreu em menos de um mês, depois de uma parada cardiorrespiratória.
A doença, ainda não reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, pode ter resolução espontânea e repentina, como afirmam os pesquisadores da UFPE.
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