Aos amantes de futebol ou mesmo para quem acompanha a Copa do Mundo, pensar numa competição sem a Itália é impossível. Ou pelo menos era. A Squadra Azzurra, como é conhecida a seleção, não participará da próxima edição do campeonato, em 2018 na Rússia.
Embora seja a terceira vez que isso acontece, a última vez faz bastante tempo: no Mundial de 1958, na Suécia, os italianos também não conseguiram se classificar para a disputa. Antes disso, em 1930, tanto a Itália quanto outras seleções europeias apenas não se interessaram em disputar o mundial no Uruguai – um dos argumentos alegados foi a grande distância que os times teriam de percorrer por navio.
A certeza de um futebol tradicional e vitorioso pode deixar alguns bem saudosos durante o mundial do ano que vem. Ou felizes, já que os italianos poderiam ser adversários fortes contra o Brasil. Em todo caso, elencamos aqui fatos e momentos históricos da Itália que aconteceram na Copa do Mundo.
Momentos históricos da Itália nas Copas
Único técnico bicampeão e primeira seleção a conquistar o feito
Alguns técnicos chegaram a comandar suas seleções em mais de duas vezes, mas nenhum repetiu o feito de Vittorio Pozzo. Até hoje, ele é o único treinador que venceu duas vezes a Copa do Mundo.
Isso aconteceu nas edições de 1934 e 1938. A façanha, aliás, foi outro marco histórico: pela primeira vez um país se tornava bicampeão da Copa do Mundo.
Goleiro recordista de participações
Caso a Itália tivesse conseguido se classificar para a Copa da Rússia, marcaria um recorde para o goleiro ídolo Gianluigi Buffon. O feito o deixaria como o único jogador na história a ter disputado seis copas. Desde 1998, Buffon foi chamado para todas as edições do torneio.
Com suas cinco Copas, ele tem um recorde igualado a outros dois futebolistas: o mexicano Antonio Carbajal (1950, 1954, 1958, 1962 e 1966) e ao alemão Lothar Matthäus (1982, 1986, 1990, 1994 e 1998).
Freguês do Brasil em finais…
Para quem gosta de uma superstição, talvez o encontro do Brasil com a Itália em uma final de Copa do Mundo seja certeza de vitória para a gente.
Das seis finais que a Azzurra disputou, as únicas duas vezes em que não venceram foram justamente contra o Brasil: em 1970, no México, e 1994, nos Estados Unidos.
… mas eliminaram nossa melhor seleção
Especialistas em seleção brasileira sempre defendem que o melhor time que já tivemos foi em 1982, no mundial disputado na Espanha. Naquele ano, tínhamos Telê Santana como técnico e jogadores como Roberto Dinamite, Junior, Sócrates e Zico. Todos no auge de suas carreiras.
Mesmo assim, a Itália foi capaz de interromper a campanha brasileira. No confronto da segunda fase, o atacante italiano Paolo Rossi foi o autor de todos os gols da vitória por 3 x 2 contra o Brasil. Nessa edição, a Itália se consagrou campeã pela terceira vez na história e o atacando foi o destaque da competição.
Um detalhe é que, até meses antes do torneio, o carrasco italiano Rossi estava cumprindo uma pena e não podia jogar futebol. ele estava banido depois de ter sido pego em um esquema de manipulação de jogos para a loteria esportiva italiana, mas manteve treinando com o time da Juventus.
Emoção com pênaltis
Outra garantia da Itália nas copas é a emoção dos pênaltis. Nas duas oportunidades em que o título foi decidido dessa forma, nas finais em 1994 e 2006, advinha quem estava lá? Isso mesmo, os italianos.
Na primeira vez, o Brasil acabou levando a melhor depois do famoso pênalti perdido pelo atacante Roberto Baggio. Doze anos depois, a Itália conseguiu vencer a França e levou o tetracampeonato.
Eliminando a Alemanha na casa deles
Ainda na Copa de 2006, que foi disputada na Alemanha, um jogo que entrou para a história foi a semifinal entre os donos da casa e os italianos. O placar de 2 x 0 para a Azzurra não refletiu o equilíbrio e a dificuldade da partida.
Os gols saíram somente no segundo tempo da prorrogação, e marcou a eliminação dos donos da casa em um dos melhores jogos daquela Copa.
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