Quem é o brasileiro que ajudou no resgate de meninos em caverna na Tailândia?

Pessoas do mundo inteiro se uniram para ajudar no resgate dos 12 meninos e do técnico que ficaram 18 dias presos em uma caverna inundada na Tailândia. O episódio foi assistido pelo mundo todo, mas o que poucos viram é que um brasileiro teve um papel importante nessa saga.

Conhecimento de brasileiro foi útil para resgate

Quando Guilherme Brotto, 31, decidiu que iria morar na Tailândia, com apenas 21 anos, ele tinha alguns propósitos, como mudar seu estilo de vida, ter mais contato com a natureza e trabalhar com o que gostava: permacultura.

A permacultura é compreendida como cultura permanente, um tipo de sistema que mistura agricultura com diversas áreas científicas, como ecologia, geografia, física.

“Eu vim morar na Tailândia para administrar um projeto de permacultura que meus amigos implantaram em uma fazenda”, contou Guilherme, que hoje tem o próprio projeto.

O que ele não imaginava, é que seus conhecimentos serviram para salvar 13 vidas em apuros.

A tecnologia utilizada para retirar a água de dentro da caverna é chamada de resistivity tomography (algo como tomografia de resistência, em português). Ela foi utilizada para detectar o tipo de solo da caverna e, assim, permitir a diminuição do nível de inundação da caverna.

Guilherme é bom conhecedor da tecnologia e, por isso, foi chamado pelos militares para se juntar à equipe de salvamento.

Sua missão era “traduzir” as informações da tomografia e identificar o ponto mais profundo ao redor da caverna para facilitar a vazão da água. E ele conseguiu.

Brasileiro teve papel importante em resgate na Tailândia

Guilherme viajou cerca de 7 horas para chegar ao local e permaneceu lá por 3 dias, ajudando no sistema de bombeamento da água – processo importante para manter as crianças e o treinador vivos.

“Era um plano de contensão para evitar que eles fossem sufocados, porque o nível da água continuava subindo”.

Para Guilherme, a parte mais emocionante de participar desse resgate foi testemunhar a união de pessoas de todas as partes do mundo.

“Fica claro o que a gente consegue fazer pelo mundo quando estamos unidos e não brigando”, afirmou.

O poder da união no resgate na Tailândia

O esforço da equipe de resgate foi crucial para que os 13 saíssem da caverna com vida, mas para Guilherme, eles também contaram com a sorte.

“Foi um milagre. Do ponto de vista científico não tem explicação de como eles conseguiram sobreviver”, afirmou.

Embora os socorristas e todos os envolvidos sejam considerados heróis, Guilherme acha que não fez nada de extraordinário além de ajudar o próximo.

Ele espera que esse fato tenha sido uma lição para a humanidade. “Quem sabe agora as pessoas percebam a força da união e parem com as guerras”, finalizou Guilherme.

Resgate na Tailândia vai ficar para a história