Eclipses, cometas, Superluas: 11 fenômenos astronômicos visíveis do Brasil em 2022

Preparem-se, fãs e entusiastas de astronomia: o ano de 2022 está cheio de fenômenos interessantes e eventos imperdíveis que estão prestes a tomarem os céus.

Visíveis por todo o Brasil, confira 11 eventos astronômicos imperdíveis esse ano. Vale lembrar que para vê-los com clareza, é preciso estar em lugares mais escuros, considerando noites sem Lua e limpas as de maior visibilidade.

11 eventos astronômicos de 2022

6 de maio: Chuva de meteoros Eta Aquarídeas

A chuva de meteoros Eta Aquarídeas acontece todos os anos, e estará visível na noite de 6 de maio. A Eta Aquarídeas produz uma alta porcentagem de rastros nos céus, garantindo um show de luzes.

15 de maio: Eclipse lunar total e Lua de sangue

O eclipse lunar total acontecerá da noite de 15 para 16 de maio, iniciando-se às 00h29 e terminando às 01h54. Por conta do eclipse, a Lua de sangue também estará visível.

14 de junho a 13 de julho: Superlua

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Mais próxima da Terra, a Lua dará seu espetáculo de proximidade com nosso planeta. O fenômeno será visível de 14 de junho a 13 de julho, quando teremos uma vista deslumbrante garantida nos céus.

30 de julho: Chuva de meteoros Delta Aquarídeas

Outra chuva de meteoros bem visível, a Delta Aquarídeas terá sua máxima em 30 de julho. Seus meteoros também costumam aparecer com traços mais persistentes.

De julho a setembro: Aproximação do cometa C/2017 K2 (PanSTARRS)

De julho a setembro, teremos a aproximação do cometa C/2017 K2, que faz parte da família de cometas PanSTARRS.

Ele estará em sua mínima distância da Terra em 14 de julho. A partir de então, o cometa deve ser observável aproximadamente até agosto, na direção das constelações de Serpentário (ou Ofiúco) e de Escorpião.

No entanto, a visibilidade deste evento não é certa, pois depende de brilho e condições de observação. Por isso, não é possível afirmar se ele estará totalmente visível com telescópios amadores ou a olho nu.

11 de agosto: Chuva de meteoros Perseidas

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Com máxima de visibilidade em 11 de agosto, a chuva de meteoros Perseidas é uma das mais populares entre observadores. Seu nome vem da radial (a área de onde surgem os meteoros) estar próxima da proeminente constelação de Perseus.

21 de outubro: Chuva de meteoros Orionidas

Em atividade de setembro até novembro, a chuva de Orionidas é considerada de força média, e atingirá seu pico na noite de 21 de outubro.

8 de novembro: Eclipse lunar total

No Brasil, o eclipse será observável quase pela manhã, a partir das 05h02. Para observá-lo, basta procurar um lugar onde a Lua esteja visível quando estiver baixando em direção ao horizonte oeste.

Observadores mais a oeste, como no Acre e Amazonas, serão privilegiados com mais tempo de visibilidade do fenômeno. No litoral do nordeste, o eclipse não estará visível.

17 de novembro: Chuva de meteoros Leonidas

A chuva de meteoros estará disponível na noite de 17 de novembro. Os Leonidas já produziram grandes “tempestades de meteoros” no passado: em 1833, 1866, 1966, 1999 e 2001, o fenômeno produziu shows de meteoros nos céus.

Infelizmente, uma próxima chuva de meteoros tão densa quanto essas só deve acontecer em 2099. Até lá, teremos uma visibilidade mais amena dos meteoros.

14 de dezembro: Chuva de meteoros Geminidas

Guarde essa data! A chuva de meteoros mais forte do ano será a chuva de Geminidas, que terá seu pico em 14 de dezembro. Mais brilhantes e coloridas, essas chuvas costumam oferecer um bom espetáculo visual para os entusiastas do fenômeno.

Por que esses fenômenos astronômicos acontecem?

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Como explica o professor e astrofísico Roberto Dell’Aglio Dias da Costa, integrante do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, as chuvas de meteoros acontecem todos os anos. Elas ocorrem quando a Terra, em sua órbita anual em torno do Sol, “corta o caminho por onde passou um cometa”.

“Cometas não são corpos muito rígidos e deixam fragmentos em seu caminho. Quando a Terra corta essa faixa de fragmentos, eles entram em nossa atmosfera e queimam em grande altitude (tipicamente 40-50km acima do solo), provocando os meteoros ou “estrelas cadentes”, aquele traço fugaz de luz que vemos às vezes à noite”, explica.

Dell’Aglio também ressalta que esses fenômenos ocorrem todos os anos, além de muitas outras chuvas de meteoros, pois são fenômenos associados à órbita da Terra.

Já a Superlua, o fenômeno onde a lua parece “maior” do que o normal, trata-se de uma coincidência no calendário lunar. Como a órbita da lua em torno da Terra acontece em formato de elipse, a distância entre as duas varia, e quando está mais perto, temos o momento chamado de “perigeu” da Lua.

A Superlua acontece quando esse perigeu coincide com uma fase de Lua Cheia. “Em função disso, a Superlua tem diâmetro aparente no céu 7% maior que uma lua cheia normal, e é um pouco mais brilhante”.

Já a lua de sangue, conforme explica o professor, é um fenômeno associado aos eclipes da Lua.

“Durante os eclipses lunares totais, a Lua adquire um tom marrom-avermelhado. Essa cor ocorre porque a Terra se coloca exatamente entre o Sol e a Lua e dessa forma, um pouco da luz do sol ‘filtrada’ pela atmosfera terrestre chega na Lua. Como nossa atmosfera deixa passar mais facilmente as cores avermelhadas, a Lua adquire esse tom”.

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