Fluente em português > Erros clássicos

por | jun 30, 2016 | Notícias

Você conhece os erros mais comuns que são cometidos? Preparamos uma lista para você não fazer feio nas reuniões e na hora de mandar uma mensagem para sua equipe.

Há muito tempo ou a muito tempo? Esse é um dos erros mais recorrentes. Mas é simples. Se você quer dizer que faz muito tempo, tem muitos anos, referindo-se ao passado, você deve utilizar o verbo haver. Portanto: há muito tempo não vejo José. O acidente aconteceu há anos, mas eu não me recuperei. Para o futuro, você usa a: Daqui a cinco minutos o trem partirá. Estou a dois dias da minha cirurgia.

Existem dúvidas também quando se refere à distância. Porém, não tem erro. Você deve dizer que está a metros da chegada ou a uma longa distância.

Mal ou mau? Para resolver esta questão você deve substituir o sentido da frase. Mal é o oposto de bem e mau de bom. Logo, substitua mentalmente: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Outros exemplos são: mau-humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.

Faz ou fazem? Quando é uma ação qualquer, o verbo concorda com o sujeito. Exemplo: ele faz anos na próxima semana ou João faz exercícios diariamente, assim como meus irmãos fazem muita bagunça quando estão juntos. Porém, se o verbo fazer tem o sentido de tempo, ele é impessoal e fica no singular: faz três meses que eu voltei. Assim como fazia cinco séculos ou fez vinte dias que ele se operou.

Houveram ou houve? Esse dói quando se escuta. Haver, significando existir, também é invariável: houve muitos acidentes, havia várias pessoas.

Para mim fazer ou para eu fazer? Mim não faz nada. Pronomes oblíquos não podem ser sujeitos. Portanto: para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.

Entre eu e você ou entre mim e você? Sempre depois de preposição (entre), usa-se mim ou ti: entre mim e você, entre eles e ti. Ou então, se você preferir, use entre você e eu.

Um grama ou uma grama? Quando você for ao supermercado, fique firme e fale: quero duzentos gramas de queijo ou trezentos gramas de carne. Grama, peso, é palavra masculina. Só é feminino quando falamos da planta do jardim. A grama precisa ser aparada.

Meio ou meia? Esse erro a gente escuta muito: estou meia cansada. Argh! Meio, advérbio, não varia nunca: meio cansada, meio louca, meio esperta. Feminino só para aquela peça de roupa que você usa no frio ou para quantidade – só quero comer meia maçã.

Menos ou menas? Meninas, menas não existe. Você deve falar sempre: menos mulheres, menos coisas, menos dias.

Não tem nada haver ou a ver? Não tem nada a ver você escrever “haver” neste caso, ok? A questão é não tem nada a ver ou nada que ver, bem como tem tudo a ver com você.

Obrigado ou obrigada? Simples assim: obrigado para eles e obrigada para elas. Exemplo: “Obrigada”, disse a menina.

Se eu ver ou se eu vir? O certo é “se eu vir”. Da mesma forma: se eu vier (verbo vir no passado), tiver (verbo ter), puser (verbo pôr), fizer (verbo fazer), se nós dissermos (verbo dizer).

Eles tem ou têm? Fácil, fácil. No plural é “têm”. No singular, tem. O mesmo ocorre com vem e vêm: ele vem, eles vêm.

Onde ou aonde? A palavra aonde é utilizada apenas com verbos de movimento. Aonde vai? Aonde ele quer chegar com isso? A palavra onde, por sua vez, é usada com os outros verbos: onde ele estava? Onde você mora?

Chegar em ou chegar a? Verbos de movimento pedem a e não em: Chegou a São Paulo, vou ao cinema, fui ao bar.

Por que ou por causa que? Embora popular, a expressão por causa que não existe. Diga sempre: estive lá porque precisavam de mim.

Ir ao encontro ou ir de encontro? Tem gente que quer “falar bonito”, mas às vezes erra feio. Ao encontro de expressa uma situação favorável, positiva: O resultado veio ao encontro das minhas necessidades. De encontro a significa condição contrária: sua opinião vai de encontro às dele (foi contra às dele).

Redundâncias ou pleonasmo – Fique atento a expressões como: entrar dentro, sair fora ou para fora, subir para cima, descer para baixo, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido. Não precisa dizer que todo mundo que sobe está indo para cima, né?