Gestão de carreira > Plano de carreira

por | jun 30, 2016 | Notícias

Existem empresas que possuem um plano de carreira para definir as promoções possíveis ao decorrer dos anos. Esse projeto corporativo pode oferecer também treinamentos, coaching, sistema de bônus por desempenho e participação nos lucros da empresa. Uma lista de benefícios que pode fazer a diferença no momento da escolha.

“O plano de carreira é motivador porque o profissional enxerga até onde pode chegar, cria metas. Ele passa a entender que terá de trabalhar sua autoimagem e construir seu projeto profissional, se ajustando aos objetivos da empresa. O funcionário pode evoluir de função por mérito. Algumas empresas incluem estágios no exterior e cursos de pós-graduação”, afirma Oliveiras.

O longo prazo de hoje é diferente. Antes, o profissional pensava em vinte anos de carreira numa empresa, em ser admitido e ali se aposentar. Hoje, longo prazo são cinco anos

Mas o plano de carreira deve ser encarado como uma forma de estimular o crescimento profissional, não como um guia de benefícios que deve ser repassado ao profissional ao longo do tempo. Segundo Edmilson Oliveiras, é importante não perder de vista seus objetivos e buscar fazer o melhor trabalho sempre. Até porque os resultados positivos sempre contarão como currículo para o futuro. “O profissional precisa ser o comandante de sua própria carreira. Muitas pessoas acham que a empresa tem que ser uma mãe e dar tudo. Não é bem assim”, afirma.

A escolha por uma empresa deve passar por critérios pessoais. Ou seja, muitas vezes o clima agradável, a afinidade entre os membros da equipe e uma boa política de comunicação fazem a diferença, observa Gláucia Oliveira, coordenadora de recrutamento e seleção do Grupo Seres. Segundo ela, é necessário avaliar sempre o mercado e não hesitar em buscar novas propostas de trabalho.

“O longo prazo de hoje é diferente. Antes, o profissional pensava em vinte anos de carreira numa empresa, em ser admitido e ali se aposentar. Hoje, longo prazo são cinco anos. O importante é não se contentar em estar no mesmo lugar. As promoções são cada vez mais rápidas, o tempo é mais ágil no ambiente corporativo. Se você está estagnado, o mercado já visualiza como uma pessoa que não busca manter a variedade de culturas organizacionais”, diz Gláucia.

E, neste caso, o tamanho da empresa pode não contar muito. Em geral, empresas maiores e multinacionais oferecem mais benefícios e oportunidades de crescimento. Mas pode valer a pena aceitar uma proposta de emprego num cargo de chefia numa pequena companhia do que permanecer numa função sem muita visibilidade em uma grande companhia.

Os especialistas concordam num ponto: a formação do profissional deve ser constante. Observar se a empresa busca incentivar especializações é algo que deve ser levado em conta. Segundo o consultor Gilberto Guimarães, muitas empresas hoje, como não podem garantir a estabilidade no emprego a longo prazo, procuram incentivar projetos pessoais de seus funcionários, com o patrocínio de cursos de formação. Mas a escolha da especialização também precisa ser bem pensada.

De acordo com ele, a primeira regra é buscar aprender sobre assuntos que estejam relacionados com suas preferências. Ou seja, nada de entrar num curso cujo assunto você não gosta. A outra dica é buscar conhecimentos que possam ser aplicados na carreira de maneira prática. “Se não for aplicado no dia-a-dia, não é investimento profissional, mas cultural. Se viajo para o exterior e faço um curso de inglês, mas não uso este conhecimento, daqui a cinco anos já não terei fluência na língua”, conclui.