Existem empresas que possuem um plano de carreira para definir as promoções possíveis ao decorrer dos anos. Esse projeto corporativo pode oferecer também treinamentos, coaching, sistema de bônus por desempenho e participação nos lucros da empresa. Uma lista de benefícios que pode fazer a diferença no momento da escolha.
“O plano de carreira é motivador porque o profissional enxerga até onde pode chegar, cria metas. Ele passa a entender que terá de trabalhar sua autoimagem e construir seu projeto profissional, se ajustando aos objetivos da empresa. O funcionário pode evoluir de função por mérito. Algumas empresas incluem estágios no exterior e cursos de pós-graduação”, afirma Oliveiras.
O longo prazo de hoje é diferente. Antes, o profissional pensava em vinte anos de carreira numa empresa, em ser admitido e ali se aposentar. Hoje, longo prazo são cinco anos
Mas o plano de carreira deve ser encarado como uma forma de estimular o crescimento profissional, não como um guia de benefícios que deve ser repassado ao profissional ao longo do tempo. Segundo Edmilson Oliveiras, é importante não perder de vista seus objetivos e buscar fazer o melhor trabalho sempre. Até porque os resultados positivos sempre contarão como currículo para o futuro. “O profissional precisa ser o comandante de sua própria carreira. Muitas pessoas acham que a empresa tem que ser uma mãe e dar tudo. Não é bem assim”, afirma.
A escolha por uma empresa deve passar por critérios pessoais. Ou seja, muitas vezes o clima agradável, a afinidade entre os membros da equipe e uma boa política de comunicação fazem a diferença, observa Gláucia Oliveira, coordenadora de recrutamento e seleção do Grupo Seres. Segundo ela, é necessário avaliar sempre o mercado e não hesitar em buscar novas propostas de trabalho.
“O longo prazo de hoje é diferente. Antes, o profissional pensava em vinte anos de carreira numa empresa, em ser admitido e ali se aposentar. Hoje, longo prazo são cinco anos. O importante é não se contentar em estar no mesmo lugar. As promoções são cada vez mais rápidas, o tempo é mais ágil no ambiente corporativo. Se você está estagnado, o mercado já visualiza como uma pessoa que não busca manter a variedade de culturas organizacionais”, diz Gláucia.
E, neste caso, o tamanho da empresa pode não contar muito. Em geral, empresas maiores e multinacionais oferecem mais benefícios e oportunidades de crescimento. Mas pode valer a pena aceitar uma proposta de emprego num cargo de chefia numa pequena companhia do que permanecer numa função sem muita visibilidade em uma grande companhia.
Os especialistas concordam num ponto: a formação do profissional deve ser constante. Observar se a empresa busca incentivar especializações é algo que deve ser levado em conta. Segundo o consultor Gilberto Guimarães, muitas empresas hoje, como não podem garantir a estabilidade no emprego a longo prazo, procuram incentivar projetos pessoais de seus funcionários, com o patrocínio de cursos de formação. Mas a escolha da especialização também precisa ser bem pensada.
De acordo com ele, a primeira regra é buscar aprender sobre assuntos que estejam relacionados com suas preferências. Ou seja, nada de entrar num curso cujo assunto você não gosta. A outra dica é buscar conhecimentos que possam ser aplicados na carreira de maneira prática. “Se não for aplicado no dia-a-dia, não é investimento profissional, mas cultural. Se viajo para o exterior e faço um curso de inglês, mas não uso este conhecimento, daqui a cinco anos já não terei fluência na língua”, conclui.