
A TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo, transmitiu uma reportagem sobre um encontro de mulheres que pratica parkour em Taubaté, no interior paulista. Na modalidade, a pessoa tem que se deslocar de um ponto até outro com saltos, cambalhotas e escaladas.
O vídeo (veja abaixo) viralizou na internet e até virou meme como “ Parkour de Taubaté” — muitas pessoas estavam tirando sarro das participantes do grupo. No Facebook, elas deram uma resposta para toda a repercussão.
A reportagem toda do Parkour de Taubaté pic.twitter.com/7ZWZrTXEAt
— beijador de esternocleidomastoideo (@arfsthur) January 27, 2020
Grupo Parkour de Taubaté rebate críticas
A publicação fala sobre o machismo que predomina no meio dos esportes: “(…) Parkour é um ambiente majoritariamente dominado por homens e um evento deste possui uma importância imprescindível para o empoderamento feminino dentro da prática, sobretudo nos dias atuais”.
“Gostaríamos de dizer que o Parkour Taubaté é exatamente o que é mostrado no vídeo, independente de deboches inescrupulosos ou risadas maldosas”, continuou.
https://www.facebook.com/ParkourTaubate/photos/a.174788015999816/2001692876642645/?type=3&theater
O texto enfatiza o caráter acolhedor do grupo, que está aberto para qualquer pessoa que queira conhecer prática: “Somos um grupo que representa uma prática que não julga, não segrega, não exclui e não reforça estereótipos imbecilizados que uma parte da sociedade pinta para praticantes de qualquer que seja o esporte”.
A intenção da prática, como mostra a publicação, é incentivar mulheres a usarem seus corpos de uma maneira que faça bem para elas: “Parkour é uma ferramenta coletiva de empoderamento que usamos a todo tempo para mostrar para as pessoas que elas são capazes de ocupar o lugar que sentir vontade”.
A matéria, como apontam, não é motivo de vergonha para elas: “Enquanto alguns tentam subverter a respectiva cena de forma maliciosa em uma forma de bullying, nós enxergamos esta mesma cena como algo lindo e extremamente forte”.
https://www.facebook.com/ParkourTaubate/photos/a.174788015999816/1650646825080587/?type=3&theater
Mesmo assim, a repercussão negativa do vídeo expôs muitas mulheres que aceitaram participar da reportagem. O tom e chacota pode causar constrangimentos e atenção indesejada.
“Declaramos abertamente nosso incondicional apoio a todas as praticantes expostas nestas postagens e gostaríamos de lembra-las de que vocês são nossas heroínas”, diz o texto.
Leia o texto completo:
Mulheres no esporte
- Jogadoras se unem para ajudar adversária em dificuldade durante partida
- Boxe para mulheres: Especialista revela benefícios do esporte
- Por que o futebol feminino não “vinga”? Especialistas apontam soluções