O que houve e como está o menino sírio que aparece em foto que comoveu o mundo?

por | ago 18, 2016 | Notícias

A imagem deste menino ferido depois de bombardeios na cidade de Aleppo, na Síria, comoveu o mundo. Com o rosto coberto de sangue, cheio de poeira dos escombros do prédio atingido e sozinho na ambulância, ele reflete a situação crítica pela qual passa a região.

Menino sírio ferido após ataque

Os ataques foram feitos pelos militares do regime sírio e fazem parte da disputa entre o governo e os rebeldes locais pelo domínio da região. O edifício atingido era habitado por civis e desmoronou pouco tempo depois do resgate.

Pelo menos três pessoas morreram e outras 12 ficaram machucadas, dentre elas cinco crianças. O garotinho da foto, que tem apenas 5 anos, foi resgatado por bombeiros e apareceu em vídeo publicado por ativistas do Centro de Informação de Aleppo (AMC). Veja imagens abaixo:

Como ele está?

Retirado dos escombros do ataque na quarta-feira (18) junto com seus três irmãos, a criança, reconhecida como Omran Daqneesh, não chegou a sofrer nenhum ferimento grave e passa bem, segundo informações do site de notícias britânico Telegraph.

A foto lembrou a imagem de outro menino que viralizou em 2015, o Aylan Kurdi. Ele, que tinha apenas 3 anos de idade, foi encontrado morto em uma praia da Turquia depois que o barco em que estava com sua família afundou em caminho para a Grécia.

Os passageiros da embarcação eram refugiados da guerra síria.

Getty Images

Conflitos na Síria

Desde 2012, a cidade de Aleppo vive uma guerra civil e está sofrendo uma série de ataques de dentro da própria Síria e também da aliada Rússia, em meio a disputas entre o regime sírio e rebeldes na tentativa de reconquistar a região.

A briga se intensificou nas últimas semanas e estima-se que mais de 300 mil sírios já foram mortos. Por enquanto, não há perspectivas de resolução da situação.

Equipes de ajuda humanitária da ONU (Organização das Nações Unidas) estão tendo problemas em oferecer resgate porque estão sendo impedidos de entrar em algumas regiões e cogitaram suspender o atendimento.

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