Segundo a etimologia, a palavra consultor vem do latim, consultoróris, que significa conselheiro, aconselhador. Na prática, todos precisamos, vez por outra, de um conselho. Talvez seja por isso que a ocupação esteja tão em alta no mercado. E o boom não se restringe apenas à área corporativa. Atualmente, há consultores para atender a todas as demandas: desde organizar a vida financeira até melhorar a imagem profissional, passando por aqueles que podem ajudar a resolver a dor de cabeça que é montar um negócio.
Na esteira do crescimento das consultorias, surgem ainda figuras que, na prática, também podem ser consideradas do ramo, os personais. Personal stylist, personal coach, personal organizer… A função é a mesma das consultorias: ajudar o cliente, dando tratamento individualizado. Mas com algumas diferenças, como explica Ellen Baraldi, consultora e personal stylist, no site Personal Stylist. “O consultor não acompanha o cliente o tempo todo, como nós. Ele faz a consultoria e dá dicas para algumas ocasiões, como casamentos, festas, viagens, reuniões…”, esclarece.
Além do salário, que é satisfatório, a atividade de consultoria proporciona flexibilidade de horário
Enquanto alguns defendem que ter experiência e muito tempo de estrada é fundamental para se tornar um bom consultor, outros pregam que o know-how é o ponto central, e, apesar da realidade de mercado mostrar que os consultores estão cada vez mais jovens, abrir uma consultoria é a opção de vida mais comum de executivos que já têm muitos anos de estrada, como José Augusto Cerqueira. Depois de anos como executivo, passou a atuar como consultor empresarial. “Além do salário, que é satisfatório, a atividade de consultoria proporciona flexibilidade de horário. Isso é essencial a partir de uma certa idade”, argumenta.
De acordo com Vicky Bloch, sócia-diretora da consultoria especializada em gestão e transição de carreira DBM Brasil e presidente da DBM América Latina, segundo dados de 2004, 22% dos clientes com mais de 50 anos optam por trabalhar como consultores. Autor do livro “Reavaliando Sua Carreira” (Ed. Campus), Robert K. Critchley corrobora a avaliação de Vicky. Aos 41 anos, decidiu mudar o rumo de sua carreira, abandonando um alto cargo executivo em um banco para abrir uma consultoria. Segundo Critchley, os profissionais maduros estão cada vez mais atentos ao fato de que não há mais estabilidade no mundo corporativo, por isso, optam pela atividade.