Como pedir férias?
É bom ter em mente que, de acordo com a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), todos os trabalhadores têm o direito a férias anuais, após completarem 12 meses prestando serviços. “Se o empregado passa dois anos sem tirar férias, a empresa pode ser multada”, reforça Marina Vergili. Segundo ela, é importante medir o momento e propôr, de antemão, uma solução para o período em que você estiver fora. “Antes de manifestar sua vontade, trace um plano do que será feito e, se possível, treine quem poderá fazer suas tarefas. Saber como ficará o seu trabalho na sua ausência traz conforto ao chefe”, conclui.
Não tente: pedir férias antes de um ano de trabalho na companhia.
Como informar uma gravidez?
Todos sabem que, para a empresa, ficar mais de três meses sem uma funcionária não é algo lucrativo. Muitas vezes, é necessário contratar, treinar e pagar um profissional temporário, que depois poderá ser mandado embora. Mas nem sempre dá para escolher a hora certa de ficar grávida. Quando isso acontece, pense no seu bem-estar e fique por dentro do que diz a lei em vigor.
“Gravidez não tem jeito. Melhor informar o quanto antes ao seu superior imediato. Algumas mulheres não gostam de espalhar a notícia nos três primeiros meses de gestação, mas o chefe é uma das pessoas que deve saber logo do bebê que está a caminho. Se preferir, peça para que ele mantenha sigilo no início”, indica Marina Vergili.
Não tente: postergar a notícia até a barriga começar a crescer.
Como pedir demissão?
Primeiramente, tenha a certeza de que quer sair da empresa e por que fará isso. Marina Vergili lembra que o “leilão” do profissional costuma ser mal visto. “Ficar nesse jogo de ‘vai ou não vai’, recebendo propostas e continuando em cima do muro para ver quem pagará mais alto pelo seu trabalho não é positivo”, reitera. Se a decisão já foi bem pensada e tomada, avise imediatamente ao seu chefe.
Teste: É hora de mudar de emprego?
A diretora da Transition RH indica como deve ser a conversa: “Jamais faça uma avaliação negativa da empresa que está deixando. Não faça críticas ou esnobe; diga apenas que aprendeu muito naquela organização, mas que, no momento, surgiu uma oportunidade interessante que você deseja aproveitar”.
Não tente: usar o pedido de demissão como uma espécie de “chantagem” ou esperando que lhe ofereçam um salário melhor.
Como comunicar casos de assédio moral ou sexual?
Este é um tema bastante delicado. É preciso, acima de tudo, autocontrole e provas do assédio. “Você deve ter certeza absoluta que aquilo realmente foi um assédio e se certificar que há provas, como e-mails, telefonemas, testemunhas. Uma acusação infundada, mesmo que ela faça sentido para você, pode deixar todos em uma situação desconfortável e provocar conflitos”, alerta Marina Vergili.
Se o assédio partir de um colega, o superior imediato deve ser o primeiro avisado. Já se o incômodo for provocado por um chefe, a solução é recorrer à área de Recursos Humanos da instituição. “O RH é um ponto de referência neutro, e pode ser procurado também em caso de dúvidas quanto aos possíveis assédios”, esclarece.
Não tente: ocultar um assédio real e comprovado, ou simular um assédio (ou provas) para prejudicar alguém.
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