Parte dos brasileiros já pode reduzir os custos da conta de luz e aderir à “tarifa branca”, uma opção criada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Esta é uma nova modalidade de cobrança que incentiva a população a pagar diferentes valores pela energia de acordo com o dia e o horário de consumo.
Para tanto, a Agência dividiu períodos do dia como “de ponta”, “intermediário” e “fora de ponta”; sendo que, no último, a energia ficará mais barata para os moradores. Entenda a seguir.
Tarifa branca na conta de luz: o que é?
De maneira geral, o formato é a regulamentação do “tomar banho fora do horário de pico” que muita gente já faz para economizar energia. A diferença é que estes períodos virão detalhados na fatura e estipulados claramente por cada distribuidora de energia.
Horários de consumo
A ideia é que o consumidor use mais a energia nos períodos “fora de ponta”, ou seja, aqueles em que a distribuição de energia elétrica tem capacidade ociosa. Os períodos “intermediário” e “de ponta”, assim, terão tarifa normal.
Veja a separação feita pela Aneel:
Em dias úteis, o horário intermediário é das 18 às 19 horas e das 22 às 23 horas; o horário de ponta é das 19 às 21 horas; já o fora de ponta vai das 23 horas até as 18 horas
Em finais de semana e feriados nacionais, todas as horas do dia são consideradas fora de ponta.
“Quanto mais o consumidor deslocar seu consumo para o período fora de ponta e quanto maior for a diferença entre essas duas tarifas (convencional e branca), maiores serão os benefícios da tarifa branca”, informa a Agência.
Quanto vai economizar?
A Aneel alerta que nem sempre mudar para a tarifa branca será vantajoso. Veja o exemplo:
Imagine que, nos dias úteis, uma família gasta muita energia elétrica no horário “de ponta”, por usar chuveiro elétrico para um banho no período intermediário e dois banhos no período de ponta.
Ela gastaria R$ 78,53 por mês com a tarifa convencional, levando em conta kWh consumido, tributos e preço da distribuidora.
Vejamos com a tarifa branca:
Se ninguém mudar o horário do banho, ou seja, não havendo mudança dos hábitos de consumo, é melhor permanecer na tarifa convencional. Tudo porque a tarifa branca totalizaria um custo de R$ 83,38 (levando em conta kWh consumido, tributos e preço da distribuidora)
Se dois membros da família, entretanto, conseguiram mudar o horário para o período fora de ponta, mantendo apenas um banho no período de ponta, a adesão à tarifa branca já se tornaria vantajosa: a fatura mensal seria de R$ 74,68 (economia de R$ 3,85/mês).
Quem pode aderir
Em um primeiro momento, a novidade valerá para novas ligações e para unidades consumidoras com média anual de consumo mensal superior a 500 kW/h.
Em 2019, fica liberada para consumo mensal superior a 250 Kw/h; e, em 2020, para todas as unidades consumidoras.
De acordo com o site da Aneel, os consumidores poderão aderir à tarifa branca de maneira facultativa. Caso seja feita a adesão, será instalado um novo medidor na casa do consumidor, sem custo nenhum ao usuário.
Caso o consumidor não veja vantagens no sistema, pode voltar a qualquer momento à tarifa convencional. Antes de aprovar a medida, portanto, é importante avaliar seu perfil de consumo de energia dentro de casa.
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