Criada em laboratório, a pele 3D saiu dos papéis e já começou a ser usada para testes. A ideia é utilizar o órgão como método alternativo da indústria cosmética para os testes em animais.
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Pesquisada e desenvolvida pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário, a primeira pele humana reconstituída pelo método in vitro vai servir para testar matérias-primas e produtos acabados, como cremes, loções e maquiagens.
O objetivo da sua criação é também reduzir os testes feitos em humanos e ser mais eficaz em relação aos efeitos que são produzidos na pele real, já que a 3D é produzida a partir de células de diversos indivíduos. Sem contar que uma mesma unidade de pele dura 7 dias, possibilitando um número maior de testes.
Como é produzida
A nova tecnologia é reconhecida pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Primeiro é construída a derme, que é responsável pela produção de proteínas; depois é desenvolvida a epiderme, que tem o papel de proteção do corpo, e que dá cor à pele.
A pele é produzida com restos de tecidos de cirurgias plásticas, mediante o consentimento do doador e aprovação do Comité de Ética e Pesquisa da instituição responsável.