2 anos após morte de Carol Bittencourt, filha conta como transformou dor em saudade

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No dia 29 de abril de 2019, a modelo Caroline Bittencourt morreu após um acidente de barco em Ilhabela, litoral de São Paulo, aos 37 anos.

Caroline deixou amigos, familiares e a filha, Isabelle Bittencourt, de 19 anos, que dias antes da morte da mãe completar dois anos, compartilhou um vídeo contando como superou a perda.

Filha de Caroline Bittencourt conta como superou morte da mãe

Recentemente, a filha de Caroline Bittencourt, Isabelle Bittencourt, compartilhou um vídeo em seu perfil do Instagram para responder uma pergunta que, segundo ela, recebe diariamente: “Como superar uma perda?”.

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No vídeo, ela conta que, para conseguiu diminuir um pouco da dor da perda, ela passou por três fases e a primeira foi se colocar no lugar de acolhedora. Quando a mãe partiu, ela se manteve forte para consolar os avós e o padrasto, o empresário Jorge Sestini, com quem a modelo era casada:

“Meu primeiro instinto foi abraçar que estava á minha volta, a minha vó, que estava mal, o meu avô, que estava mal, o meu padrasto, que estava mal. Eu quis abraçar essas pessoas e assumi um papel de quem cuida, não de quem é cuidado. Mas naquele momento eu precisava ser cuidada”.

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Já a segunda fase pela qual Isabelle passou, foi mais complicada. Segundo a jovem, ela se rebelou e parou de ver sentido na vida. Não queria mais estudar, trabalhar, nem se relacionar com a família e amigos:

“A segunda fase foi de rebeldia: eu virei um típica adolescente rebelde. Eu deixei de acreditar em tudo. A primeira coisa que eu questionei e deixei de acreditar foi Deus. Porque para mim, não era possível Deus ter deixado aquilo acontecer com a minha mãe, muito menos comigo. Isso, para mim, era uma forma de me castigar e castigar a minha mãe. Achava isso muito injusto. Para mim, nada mais fazia sentido”.

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O que fez com que ela mudasse de ideia e partisse para a terceira fase, foi o acolhimento e uma frase que o pai disse para ela. “Entrei numa fase de muito desespero e aí o meu pai me falou uma frase que me fez procurar ajuda: ‘Você não precisa acreditar em Deus, você não precisa acreditar em Alá, nem nesses nomes que as religiões dão, você precisa ter fé! Se você tiver fé que existe uma força maior, tudo vai fazer sentido, porque o universo conspira para que as coisas aconteçam'”.

A partir daí, Isabelle procurou ajuda médica, através de consultas com psiquiatras e sessões de terapia com psicólogos, mas foi a busca pela espiritualidade que a ajudou a entender e lidar da melhor maneira com seus sentimentos.

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“Posso dizer a vocês que essa ajuda espiritual foi muito importante. Tive muito crescimento pessoal, não só no meu amadurecimento, mas na questão de ver a vida de outra maneira. E nesse momento, eu passei a entender, que minha mãe não tinha ido embora, ela só estava em outro plano e que era um plano, onde as pessoas evoluídas estavam. Ou seja, aquilo não tinha sido um castigo, tinha sido uma coisa boa, porque ela já tinha vivido tudo aqui nesse mundo […] Ela estava pronta para ir para esse campo espiritual.
A partir desse momento, minha vida começou a ficar mais leve”.

Hoje, a maneira como Isabelle lembra da mãe é muito bonita e reconfortante: “Lembro de uma pessoa feliz e de uma pessoa que tinha muita luz”, afirmou a jovem, que ainda explicou não ter superado a morte da mãe, mas ter transformado o sentimento de dor depois da perda:

“Eu estou dando o meu relato. Acho que não é uma fórmula de bolo, que a gente segue e funciona. Mas já que vocês me perguntavam tanto como superar, a resposta é: A gente nunca vai superar. Essa dor, ela vai se amenizando e vai se tornando algo presente no nosso dia a dia. Eu acho que eu transformei a minha dor em saudade”, finalizou.

Assista ao vídeo na íntegra:

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