À francesa

Dia 14 de julho, a Queda da Bastilha, em Paris, na França, completou 220 anos. Construída, a princípio, para ser a porta do bairro de Saint-Antoine, foi transformada em uma fortaleza e, depois, em uma prisão. Em 1789, sua derrubada marcou o início da Revolução Francesa.

A data, chamada de “Dia da Bastilha” ou “Fête Nationale”, tornou-se feriado nacional na França, sendo comemorada com alegria todos os anos. Já que 2009 é o Ano da França no Brasil, vamos relembrar alguns dos maiores nomes franceses no cinema, na música e na moda.

Ao adaptar peças do guarda-roupa masculino para o universo feminino, reivindicando assim os direitos iguais entre homens e mulheres, Coco foi uma das figuras mais importantes do século 20

Com seu cinema cada vez mais em alta, o país europeu não para de apresentar ao mundo seus novos talentos. Em “Inimigos Públicos”, que tem estreia nacional marcada para o próxima dia 24, quem brilha é a atriz Marion Cotillard, contracenando com o veterano Johnny Depp no longa de ação. Filha de um famoso diretor francês, Jean-Claude, Marion é uma das atrizes mais ovacionadas, até hoje, durante uma cerimônia do Oscar. Foram mais de 15 minutos de aplausos, em 2007, quando foi anunciado que ela havia sido a vencedora da estatueta de melhor atriz, pelo drama biográfico “Piaf – Um hino ao amor”.

Voltando um pouco na história, encontramos aquela que talvez seja o perfeito retrato da sensualidade da mulher francesa. Conhecida por suas iniciais, “BB”, Brigitte Bardot tornou-se a mais famosa atriz européia nos Estados Unidos, depois de estrear no cinema, aos 17 anos, correndo só de biquíni pelas areias de uma praia. Embora tenha estrelado, no período de 1952 a 1957, outros 17 filmes, Brigitte teve destaque também na música: entre inúmeros sucessos gravados por ela, está a clássica canção “Je t’aime moi non plus”. Outro grande feito da atriz e cantora foi o destaque que o balneário de Armação dos Búzios, no Rio de Janeiro, passou a ter depois de receber a estrela, durante suas férias de 1964. Em sua biografia, ela diz que essa foi a época mais linda da sua vida. Em sua homenagem, a Prefeitura da cidade criou a Orla Bardot, na Praia dos Ossos, e instalou ali uma estátua de bronze em tamanho natural da atriz.

Acostumada a atuar tanto em produções francesas quanto nas norte-americanas, Juliete Binoche também pode ser considerada um ícone nascido na França, mas que ganhou proporções mundiais. Entre seus sucessos mais recentes estão “Eu, meu irmão e nossa namorada”, comédia romântica estrelada também por Steve Carell, em 2007, e o documentário “Paris, Je t’aime”, do ano anterior. Apesar de ter estreado no cinema em 1982, foi só no final da década de 80 e começo dos anos 90 que a atriz ficou mundialmente conhecida, ao estrelar dramas como “A insustentável leveza do ser”, “Perdas e danos” e “O paciente inglês”, que lhe rendeu um Oscar de melhor atriz coadjuvante, em 1997.

Já com Audrey Tautou, a história foi um pouco diferente. Em 2001 – e pelos anos que se seguiram -, a atriz ficou conhecida pela sua personagem no pitoresco drama “O fabuloso destino de Amélie Poulain”, de 2001. Mesmo que um ano depois ela tenha estrelado o pouco assistido “Bem me quer, mal me quer”, os ares de menina inocente do interior ainda cercavam a atriz. Essa imagem, no entanto, só foi deixada de lado quando, em 2006, ela interpretou a criptologista Sophie Neveu, no aclamado “O código Da Vinci”, filme inspirado no romance homônimo de Dan Brown, no qual contracenou com Tom Hanks. E, por causa de sua típica elegância francesa, Tautou foi a escolhida para reviver nas telonas a estilista Coco Chanel, que completa a lista das mulheres que mais projetam o nome da França para o mundo.

O roteiro da biografia “Coco Avant Chanel”, que estreia dia 31 de outubro, conta a história de Gabrielle Bonheur, nome real da estilista nascida em um família humilde, que acabou se tornou sinônimo de estilo e bom gosto. Talvez, sem o pioneirismo de Coco, considerada uma pessoa à frente de tempo, não haveria hoje tantas mulheres envolvidas com a política, com a moda ou com as artes. Ao adaptar peças do guarda-roupa masculino para o universo feminino, reivindicando assim os direitos iguais entre homens e mulheres, Coco foi uma das figuras mais importantes do século 20, conseguindo com que suas criações influenciassem até hoje as novas tendências.

LEIA TAMBÉM:

O charme e a elegância da mulher francesa: por que elas não engordam?

A chique cozinha francesa: qual seu segredo?

MINHA BOLSA:

Junte-se a outras mulheres na rede social, converse, desabafe, troque experiências