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Pai de dois meninos, Noah e Inã, o ator Alexandre Nero admitiu ter tido um comportamento falho na criação de seu primogênito que vale uma reflexão sobre a parceria de um casal na criação dos filhos e os estereótipos a que mulheres ainda seguem presas quando o assunto é família.
Alexandre Nero e a criação de Noah
Nero foi um dos convidados de Serginho Groisman no “Altas Horas (TV Globo). No programa, uma fã do ator que estava na plateia questionou o artista sobre o que havia mudado em sua vida após o nascimento de Inã, o segundo filho do global que veio ao mundo em setembro de 2018.
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De acordo com Nero, a chegada do caçula trouxe mudanças no que diz respeito ao que ele chamou de “irresponsabilidades do dia a dia”, como não ter hora para acordar, levantar de ressaca e passar madrugadas distantes. Isso porque, diferente da criação de Noah, seu primogênito de 3 anos, Nero tem participado da criação de Inã.
“No Noah eu não senti tanto porque ele nasceu bem no momento em que eu estava gravando loucamente uma novela das 21h. Eu deleguei essa função”, disse, admitindo ter tido um comportamento falho que ele próprio problematiza: “Acabou ficando para a mulher, como sempre, né?”, criticou-se.
Quando seu segundo filho nasceu, segundo Nero, as coisas mudaram: “Já o segundo eu não estava gravando, estava de férias e eu descobri que férias não existe mais. Aí eu não deleguei a ninguém.”
Pai e mãe na criação dos filhos

Designar à mulher a criação dos filhos é uma herança cultural que, apesar de já estar sendo repensada, ainda ocorre muito (mesmo de forma inconsciente) e só ajuda a reforçar um estereótipo do gênero feminino.
Assim como o homem, a mulher de hoje em dia também precisa lidar com sua carreira, vida familiar e responsabilidades de importância e demanda semelhantes às do parceiro. Por isso, é necessário que o casal saiba compartilhar as funções ligadas à criação dos filhos, uma vez que os dois lidam com estilos de vidas parecidos e são responsáveis igualmente pela criança.
“A mulher, hoje, está mais inserida no mercado de trabalho, deixou de ser a única cuidadora para ser também provedora junto com o pai. Por isso, tornou-se necessário que homens e mulheres partilhem funções”, afirma a psicóloga Maria Tereza Maldonado, autora do livro “Comunicação entre Pais e Filhos”.
Importância da presença paterna na vida do filho

Em situações em que o pai se mantém presente na criação dos filhos, alguns impactos podem ser notados na vida da criança, segundo comprovam estudos.
Filhos criados com pai presente mostram menos sinais de agressividade, baixa autoestima ou problemas comportamentais. Eles ainda costumam apresentar maior resistência ao estresse e frustração.
Relacionamentos amorosos futuros dos filhos também sofrem impactos. Meninos que tiveram pais respeitosos tendem a não demonstrar agressividade em relação a parceiras amorosas, enquanto as meninas são menos propensas a entrar em um relacionamento com um homem abusivo.





