Em 2018, Ana Thaís Matos se tornou a primeira mulher a comentar um jogo masculino de futebol na TV Globo e, muito em breve, voltará a fazer história ao se posicionar como a primeira mulher comentarista de uma Copa do Mundo na televisão aberta.
Além do talento e do carisma, muita luta e empenho foram necessários para que a profissional ganhasse o merecido destaque. De origem humilde, Ana Thaís enfrentou dificuldades financeiras e grandes preconceitos até se firmar como um nome de peso do jornalismo esportivo.
Filha de empregada doméstica, Ana Thaís Matos já contou que, para complementar a renda da família, sua mãe ainda vendia bandeiras no Estádio do Pacaembu, Zona Oeste de São Paulo, para o sustento dela e de seus cinco irmãos.
A jornalista nasceu no Jardim da Saúde, na Zona Sul da capital e, quando ainda era bebê, foi morar na Baixada do Glicério, no Centro, após a separação dos pais. “A gente morou em várias casas e pensões em vias dali. É um lugar pelo qual tenho muito carinho, apesar de ser barra-pesada”, contou em entrevista à revista Veja SP, completando: “Não tenho mais amigos de lá, porque a criminalidade levou muitos deles”.
Em um post no Instagram em homenagem à mãe, a comentarista disse que tem verdadeira adoração pela mãe e sua luta: “Minha forma de demonstrar isso é bem material, gosto de poder proporcionar a ela morar bem, dormir bem, enxergar bem, comer bem… pra quem é filho de família pobre, sabe o quanto é gratificante nossos pais terem um lar digno pra envelhecer.”
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Ana Thaís Matos revelou também que até tentou seguir carreira como jogadora de futebol, mas as dificuldades financeiras e a idade atrapalharam os planos.
Estudiosa e aplicada, Ana Thaís cursou Jornalismo na PUC-SP com bolsa do Prouni e, durante os cinco anos de faculdade, trabalhou em uma empresa de motoboys, lojas de decoração e de roupa, além de um escritório de arquitetura.