Após 23 dias em coma, mãe reage de forma tocante a 1º toque do filho e enfim desperta

O contato físico entre a mãe e o bebê é algo muito importante, que traz inúmeros benefícios para ambos. Este fato é comprovado pela ciência. Mas recentemente, o caso de uma mulher no Ceará deixou até mesmo os médicos emocionados e sem reação. Amanda Cristina Alves da Silva, de 28 anos, estava em coma na UTI há 23 dias e acordou após ter o primeiro contato físico com seu filho.

Coma após o parto: a história de Amanda

Amanda tem crises de convulsão desde os 7 anos e uma delas aconteceu na 37º semana da gestação do segundo filho, Victor Hugo.

Como já estava no fim da gravidez, os médicos da Maternidade-Escola Assis Chateuabriand (Meac-UFC) optaram por deixá-la sedada e fazer uma cesárea de emergência. Victor Hugo nasceu sem nenhum problema, mas foi encaminhado à UTI neonatal por precaução, já sua mãe seguiu para a UTI materna.

Seis dias depois, Victor Hugo saiu da UTI neonatal saudável, mas sua mãe não reagiu da mesma forma quando os médicos decidiram tirá-la do coma induzido.

“A sedação foi desligada, mas Amanda não respondia. Apenas abria os olhos. Não se movimentava, não interagia com a equipe, não reagia à presença dos familiares. Nada!! Nenhuma resposta”, conta Fabíola Nunes de Sá, uma das enfermeiras que cuidava de Cristina na UTI.

Contato com o filho despertou Amanda do coma

No dia 9 de março, a paciente recebeu a visita de uma equipe médica para discutir o que mais poderia ser feito para que ela reagisse. Foi aí que Fabíola deu a ideia: “Que tal trazermos o bebê da Amanda para visitá-la?”.

Inicialmente a ideia pareceu inapropriada, pois era arriscado levar um recém-nascido para uma UTI. Mas o infectologista responsável disse que não havia problema devido ao perfil de pacientes que estavam internados ali.

Foi então que, quase um mês após o nascimento de Victor Hugo, a equipe médica proporcionou o primeiro contato entre mãe e bebê. Como ela não se mexia, Fabíola colocou o neném em cima do seio de Amanda e envolveu sua mãos em volta da criança.

No momento em que mãe e filho sentiram a pele um do outro pela primeira vez, aconteceu algo inexplicável: uma lágrima começou a escorrer pelo rosto de Amanda e ela milagrosamente acordou do coma.

Os médicos ficaram emocionados e Fabíola contou os detalhes deste momento tão lindo e certamente inesquecível para o hospital.

Ao colocar o bebê no colo da mãe, ela – ainda sem conseguir se mover nem falar – reagiu da forma mais sincera e mais humana que poderíamos esperar: ela chorou! E aquele choro contagiou a toda a equipe. Foi um choro de amor!! Mais que isso… foi um choro que afirmou ‘eu ainda estou aqui, eu estou viva, eu quero viver'”.

E o choro não foi a única reação que Amanda expressou ao ter o filho em seus braços. Logo em seguida das lágrimas, saiu um pouco de leite de seu peito.

Segundo os médicos, quando a mãe amamenta o bebê pela primeira vez, o corpo libera uma substância chamada ocitocina, conhecida como “hormônio do amor”, mas no caso de Amanda foi o contrário, foi o amor que fez com que ela produzisse leite.

História mostra poder do amor entre mãe e filho

Fabíola contou que depois deste dia, Amanda só foi melhorando e oito dias depois da primeira lágrima ao entrar em contato com o filho, ela teve alta da UTI. Hoje, mãe e filho estão bem e já foram para casa.

Tudo isso prova como o amor de mãe e filho é realmente algo inexplicável e poderoso. Com certeza o afeto e a ligação entre Victor Hugo e Amanda só está crescendo e vai se fortalecer ainda mais com o passar do tempo.

Importância do contato entre mãe e bebê