Para alguns, viajar é o plano de uma vida. Para outros, é sinônimo de vida sem plano algum. A única certeza para todos os viajantes é que o mundo é bastante generoso para quem quer descobri-lo. Afinal, são dois hemisférios, seis continentes, uma quantidade imensa de países – e muitos não estão nem no mapa – e cinco oceanos. Ou seja, o que não falta é lugar para se conhecer. Então, que tal se aventurar planeta afora? Apertem os cintos que nossa viagem vai começar!
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A jornalista americana Patricia Schultz dedicou sete anos da sua vida para produzir o livro “1000 lugares para se conhecer antes de morrer” – que virou best seller, e só nos Estados Unidos vendeu dois milhões de exemplares. Nele, a autora reúne dicas de viagens com a autoridade de quem rodou praticamente o mundo todo, e afirma que não é todo roteiro que agrada a gregos e troianos. “Viajar é uma coisa muito pessoal. Aqueles que preferem a cultura urbana podem odiar ter de acordar às cinco da manhã para uma aventura na natureza”, diz a jornalista em entrevista para o Bolsa de Mulher.
A emoção de andar de jipe nas primeiras horas do dia, na companhia de animas soltos na natureza, faz você se sentir como se tivesse 12 anos de idade novamente
A lista de seus cinco destinos favoritos pode ser, porém, um bom começo. Aliás, um dos segredos de uma viagem inesquecível e bem sucedida é saber se informar muito bem. Pesquisar de todas as formas possíveis como chegar, onde ficar, quanto gastar e como circular é a chave para o sucesso, ou boa parte dele. Mesmo após experimentar os mais variados e exóticos roteiros mundo afora, Patricia Schultz não dispensa a presença de Nova York, cidade onde mora, em sua lista: “Cada minuto que passo aqui, me lembro que não há outra cidade no planeta como esta. Você simplesmente tem de visitá-la antes de morrer. Ponto final. Amém”, brinca.
A cidade que para muitos é a capital do mundo é, sem dúvida, um destino difícil de deixar de fora em qualquer plano de viagem. É a cidade do Central Park, do Empire State Building, da Estátua da Liberdade, da Times Square e de tantos outros cenários de cinema. Mas é também a cidade de museus imperdíveis, como o Metropolitan Museum of Art e o MoMa e dos musicais da Broadway.
Junto ao resumo do universo que é Nova York, a Itália tem lugar garantido na seleção de Patrícia. A combinação entre o antigo e o moderno faz do país um lugar único. Museus repletos de obras-primas da arte bizantina e renascentista, achados arqueológicos de Pompéia, monumentos a céu aberto em Roma, os canais mágicos de Veneza, a moda de Milão, as praias da Sardenha. “E as pessoas, a comida, a música e o vinho. Sério? Existe algum país que chegue perto?”, indaga Patricia.
As capitais culturais da Europa também são, segundo a jornalista, destinos imperdíveis. Para ela, andar pelas ruas de Paris, Roma e Viena é se sentir a pessoa mais privilegiada do mundo a cada minuto. “Não há nada mais romântico, inspirador, emocionante ou educativo do que andar pelas ruas de uma destas grandes cidades. Os museus, as pessoas nos cafés, o passeio pelas lojas, encontrar pelo caminho um concerto no parque. Quem quer ficar sentado na praia, quando você pode fazer parte do dia-a-dia de uma dessas fantásticas e vibrantes cidades?”, afirma.
Conhecer os países do sul asiático como Tailândia, Vietnã, Laos e Camboja é um programa imperdível para ela. Mas, por mais diferente que pareça, não é o passeio mais exótico na lista da jornalista. Segundo Patricia, todo mundo, pelo menos uma vez na vida, deve experimentar um safári na África. “A emoção de andar de jipe nas primeiras horas do dia, na companhia de animas soltos na natureza, faz você se sentir como se tivesse 12 anos de idade novamente”, afirma.
Sim, seu sonho de consumo pode não ser uma aventura na África. Tudo bem. Como Patricia Schultz mesmo diz, o importante é escolher um programa que tenha a sua cara. Que tal uma ajuda? Preparamos um pequeno guia com destinos incríveis pelo mundo, selecionados a partir das dicas do livro “1000 lugares para conhecer antes de morrer”. Agora, é só escolher o roteiro que tem tudo a ver com você.
Cenários paradisíacos
As belezas de Maurício – Esse pequeno país da África, uma ilha com 45 quilômetros de extensão, guarda influências hindus, européias, africanas e chinesas. Um tempero a mais para quem quer desfrutar de suas praias branquíssimas e paisagem emoldurada por montanhas e lagos vulcânicos. Além dos hotéis de luxo, as melhores praias são públicas.
Praia bem à vontade em St-Tropez – Além das praias que estão entre as mais charmosas da Riviera Francesa, foi em St-Tropez em que, supostamente, foi inventado o topless – que pode ser ousado aqui, mas na Europa já é algo mais do que natural. O lugar sobreviveu à fama dos anos 50, quando era destino de famosos como Brigitte Bardot, e voltou a ficar na moda. Um passeio que vale pelas lindas praias e pela excentricidade de seus freqüentadores.
A ilha tailandesa de James Bond – Visitar a ilha Koh Phing Kan, na Tailândia, é a chance de ver de perto um cenário que parece coisa de cinema. Até porque é mesmo. Lá, na baía de Phang Nga, foi filmado um bom trecho do filme “007 contra o homem da pistola de ouro”. Situada ao largo da costa meridional da Tailândia, a baía possui picos montanhosos que compõem a paisagem, junto às águas verdes do mar de Andaman. Instalado numa floresta tropical na ilha, o Raya-vadee Premier Resort é porta de entrada para três praias paradisíacas, entre elas a Phra Nang, que está no hall das mais bonitas do planeta.
O mar caribenho – A praia de Magens Bay, nas Ilhas Virgens Americanas, foi apontada pela revista National Geographic como uma das mais belas do mundo. São 1600 metros de areias brancas que compõem a praia em formato de ferradura. As tranqüilas águas azuis e a orla de palmeiras fazem o passeio valer a pena.
Paraíso em terras brasileiras – O miniarquipélago de Fernando de Noronha, com suas 21 ilhas, é um dos mais extraordinários destinos para mergulho com cilindro e snorkel. As águas tranqüilas têm visibilidade de mais de 100 metros durante todo o ano. Da baía dos Golfinhos e em passeios de barco, é possível ver alguns dos mais de 600 golfinhos-rotadores que vivem no local.
Aventura
Bungee-jump na Nova Zelândia – Para os que respiram adrenalina, a cidade de Queenstowm, na Nova Zelândia é o destino ideal. O bungee-jump foi inventado ali, na ponte suspensa de Kawarau, que possui 43 metros. Para muitos o esporte é sinônimo de insanidade, afinal, não é qualquer um que tem coragem de pular de uma ponte protegido apenas por uma corda de borracha no tornozelo. Mas para quem não perde uma aventura, a queda de 70 metros no cânion Skippers é uma experiência inesquecível.
Subindo o Kilimanjaro – Que tal chegar ao topo mais alto da África? Se chegar ao pico do Everest, no Nepal, é um desafio que poucos conseguiram cumprir até hoje, o passeio até o ponto mais alto do Kilimanjaro, na Tanzânia, pode ser feito sem ganchos, cordas ou qualquer técnica especial. A subida pelo platô Shira leva nove dias. São 40 quilômetros até o pico. Um caminho mais comprido, porém, muito menos competido e abarrotado como o do platô Marangu. A vantagem do percurso mais longo é ter tempo para a adequada aclimatação e, assim, conseguir chegar aos 5.895 metros de altitude da montanha sem grandes problemas. Lá de cima, um vista de tirar o fôlego das planícies da Tanzânia e do Quênia.
Andar de balão pelos Alpes – Se você adora apreciar uma bela vista, mas prefere pular a parte da caminhada e da trilha, que tal um passeio de balão? No Festival de Balão dos Alpes, a idéia é ainda mais fascinante. Todo ano, cerca de 65 balões de diversos países passeiam pelos céus da cidade de Châteaux d´Oex, na Suíça, sobre picos e vales alpinos cobertos de neve. Enquanto se aprecia a vista, pode-se desfrutar de sofisticadas refeições servidas durante o vôo.
Rafting nas corredeiras do Grand Canyon – Chegar a este imenso abismo esculpido durante dois bilhões de anos pela natureza e pela força do rio Colorado já uma experiência para lá de impressionante. Imagine descer de canoa, caiaque ou bote a motor pelas corredeiras que cortam o cânion a 1600 metros de profundidade. O rafting no Grand Canyon, no Arizona, é uma das maiores aventuras nos Estados Unidos.
Safári em Botsuana – O Parque Nacional de Chobe fica em Botsuana, mas une ainda terras de mais três países africanos: Zâmbia, Namíbia e Zimbábue. O local reúne, na estação seca, a maior concentração de elefantes de todo o continente. Passeios de bote pelo rio Chobe permitem que se chegue bem perto de hipopótamos e bandos de aves aquáticas.
Passeio por cavernas no Piauí – Pouca gente sabe, inclusive nós brasileiros, mas o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, abriga cerca de 550 sítios pré-históricos e a maior concentração de pinturas rupestres do planeta, cerca de 30 mil. Boa parte das cavernas, tocas e paredões do parque já podem ser visitados pelo público, sempre acompanhados de guias credenciados. O lugar ainda abriga cânions, penhascos e trilhas.
Destinos culturais
A misteriosa Machu Picchu – A “cidade perdida”, no Peru, guarda um dos mais fantásticos sítios arqueológicos do continente. O complexo de templos, depósitos, casas e terraços irrigados abandonados pela civilização Inca virou atração para o mundo quando o explorador americano Hiram Bingham a descobriu em 1911, ao ser guiado por um menino até o local. Além da beleza das ruínas e das construções, as trilhas feitas pelas montanhas séculos atrás proporcionam vistas deslumbrantes da região.
Maravilhas da China – Construída ao longo de dois mil anos como barreira para tribos de nômades saqueadores, a Grande Muralha da China, na província de Pequim, é a única estrutura construída pelo homem visível da Lua. Em 221 a.C., suas seções foram interligadas para formar o paredão de seis mil quilômetros existentes até hoje. Um milhão de pessoas participaram de sua edificação. Atualmente, apenas um terço da construção original ainda existe. Outra grande atração cultural da China é o exército de soldados de terracota, na província de Xaanxi. Descobertas em 1974, quando um camponês cavava um poço, as estátuas, em tamanho real, compõem uma guarda de honra junto ao túmulo do imperador Qin Shi Huangdi, morto em 210 a.C. Cada um dos guerreiros – até agora, em três escavações, foram encontrados seis mil deles – possui feições e expressões faciais diferentes. Muitos portam armas reais da época.
As pirâmides e os tesouros do Egito – A única das sete maravilhas do mundo antigo que sobreviveu praticamente intacta, as pirâmides de Gizé, no Egito, é um desafio a lógica. A maior delas, a Grande Pirâmide de Quéops, construída por volta de 2500 a.C, é a maior do planeta. Possui cerca de 2,3 mil blocos de calcário, que pesam em média 2,5 toneladas cada um. Para chegar ali, foram movidos pela força de 20 mil homens. Outro destino impressionante no país é o Museu de Antiguidades Egípcias, o Museu do Cairo, que reúne 136 mil peças em exposição e possui, ainda, outras 40 mil encaixotadas à espera de espaço. Entre múmias e todo tipo de artefato e relíquia, estão os tesouros do rei-menino Tutancâmon.
Taj Mahal – Considerado por muitos o mais belo edifício do mundo, o Taj Mahal, na Índia, é também um grande símbolo do amor. Há três séculos e meio, o soberano mulçumano da dinastia Mogul, Xá Jahan, comandou a construção do palácio, feito todo em mármore branco, em homenagem a sua rainha, morta ao dar a luz ao décimo quarto filho do casal. É o mais venerado monumento da Índia.
Berço da civilização – O Partenon, templo construído no século V a.C., é o símbolo da fase áurea da civilização grega e o mais importante monumento da Antiguidade no mundo ocidental. Pintado originalmente de cores vivas e exuberantes – hoje o monumento é branco e dourado -, já funcionou como igreja bizantina, catedral para os francos e mesquita para os otomanos.