O que é o Tarot?
O Tarot é um oráculo que nos permite acessar questões inconscientes e saber mais sobre acontecimentos passados e possibilidades futuras. Em uma consulta de Tarot, podemos entender melhor nosso momento, o que estamos vivendo e como estamos diante dos acontecimentos, além de termos acesso a acontecimentos passados que ainda nos influenciam neste momento e podermos perguntar sobre temas futuros.
Quanto mais objetivos somos ao perguntar, mais claras tendem a ser as respostas. Porém, o quanto estas respostas são precisas e quanto de certeza aquilo que estamos vendo nas cartas vai acontecer de fato são questões importantes e pertinentes.
Mas prevê mesmo o futuro?
Muita gente pergunta qual a porcentagem de acerto que o Tarot tem e daquilo que ele diz realmente acontecer. Na minha opinião, ele mostra o que tende a acontecer se não fizermos nada para mudar, isso porque mostra o que está ocorrendo neste momento e para onde nossos passos nos conduzirão dentro desta energia. Por isso, apesar de algumas vezes as suas lâminas (cartas) mostrarem acontecimentos ainda distantes, considero que são previsões para o curto prazo. Além disso, se formos fatalistas ao fazer uma previsão, estamos desconsiderando que a pessoa tenha um mínimo de livre arbítrio para mudar seu destino ou, pelo menos, para vivenciá-lo de forma melhor.
O papel do tarólogo
Desta forma, prefiro encarar as previsões do Tarot como tendências, como orientações. Acho que ele nos mostra caminhos, respostas, soluções, saídas. Ele nos aponta melhores opções, nos dá conselhos. Permite que vejamos como são os caminhos quando há mais de uma opção, para que possamos assim decidir de forma mais consciente e de acordo com as possibilidades ali presentes. Acho que este é o grande papel do Tarot, na figura do tarólogo: orientar, mostrar possibilidades, trazer à luz o que está oculto, permitir a visualização dos caminhos. Mas nunca decidir por nós.
É uma grande responsabilidade para o tarólogo decidir por um cliente o que ele deve ou não fazer. É uma interferência muito grande na vida de outra pessoa e gera uma carga de responsabilidades pelas escolhas alheias. Só que é comum uma pessoa vir em busca de respostas e decisões ditadas pelos tarólogos, como uma forma de escolher sem se comprometer, seja por insegurança ou para simplesmente não ter que assumir a responsabilidade pelas consequências de suas ações.
O fato é que sempre esperamos respostas da vida e muitas vezes colocamos todas nossas expectativas nas cartas do Tarot. Até podemos ter estas respostas em uma leitura, mas é preciso avaliarmos o quanto as lâminas estão apenas nos orientando ou realmente dizendo para fazermos alguma coisa. Por isso é preciso ter sensibilidade ao interpretar as cartas, verificar qual o conselho, qual a mensagem que está ali inserida. E observar esta mensagem como uma possibilidade, como uma tendência.
Ser fatalista e determinista nos coloca na posição de bonecos do destino, sem a liberdade de fazer escolhas e encontrar novas alternativas. Ainda assim, o Tarot tende a apontar para a direção correta, a mostrar o que de fato irá acontecer se não mudarmos a rota até lá: mudanças que são possíveis através de autoconhecimento, reflexões, atitudes etc.