Esta foto foi compartilhada mais de 8 mil vezes: motivo está causando BAITA polêmica

Na última semana, uma foto de um garotinho com um boneco negro personagem do filme Star Wars viralizou na web atingindo mais de 8 mil compartilhamentos. Nela, a mãe de Matias, Jaciana Melquiades, escreveu: “Ele nem sabe o que é Star Wars, sabe que o boneco é igual a ele”. No mesmo período, um site que analisa filmes e tirinhas publicou um vídeo mostrando quais são os bonecos menos vendidos da série. No material, um dos representantes do site fala sobre a importância da representatividade e explica o motivo de o boneco negro ser o que mais sobra nas prateleiras das lojas. Os dois fatos, embora independentes e isolados, tratam de racismo e identificação.

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Garotinho com o boneco negro de Star Wars

Na foto postada por sua mãe no Facebook, Matias aparece junto com o boneco Finn, personagem negro da regravação da série de filmes Star Wars. Na legenda, Jaciana contou que mesmo não tendo assistido ao filme, o garoto, que também é negro, escolheu aquele boneco porque se identificou com ele.

A publicação recebeu elogios dos internautas, que compartilharam experiências semelhantes: “Também dei um desse para meu sobrinho de alma, Samuel, e ele disse que ficou feliz de ter um boneco igual a ele e que, quando crescer, vai ser um guerreiro como o Finn,” dizia um dos comentários.

Mas, para a surpresa da mãe, a foto foi denunciada. Ao divulgar a situação, escreveu: “A foto que postei do Matias viralizou e está sendo denunciada! Representatividade importa pra nós e a gente sabe que incomoda”. O Facebook analisou e determinou que a imagem não viola os padrões da rede social e que, portanto, não será excluída.

Vídeo sobre o Finn sobrando nas prateleiras das lojas

Na mesma semana, um grupo de blogueiros que alimenta  Os Melhores do Mundo, site que faz análises de filmes e tirinhas geeks, produziu um vídeo denúncia. Nele, o grupo afirma que o único boneco do filme Star Wars que não vendeu no período do Natal foi justamente o Finn – que é co-protagonista e foi tido como o segundo personagem mais importante.

Para provar a informação, os integrantes visitaram diversas lojas de brinquedos, em diferentes estados, e a conclusão foi sempre a mesma: o Finn era o único boneco disponível ou o que mais tinha quantidades disponíveis.

Para um dos representantes do grupo, a constatação mostra que, no geral, a sociedade tem dificuldades para se identificar com personagens negros. Em sua explicação, ele diz que o personagem branco, assim como o homem, sempre é tido como o normal, como o padrão, e, por isso, aqueles que destoam desses perfil, não geram identificação.

Os leitores se dividiram. Embora muitos reconheçam que a questão pode ser sim de preconceito racial, outros disseram que, na verdade, o brinquedo não era tão atrativo como as outras opções.

Representatividade importa

No entanto, assim como aconteceu com o Matias, ter personagens negros, mulheres ou com perfis que destoam do preestabelecido como ideal é essencial para que as crianças, que são formadas por características tão diferentes, possam se sentir representadas e capazes de se tornarem, nas brincadeiras, super-heróis fortes e diferentes uns dos outros, assim como elas são.