Gripe do amor

por | jun 30, 2016 | Comportamento

Mal o defunto havia esfriado e a viúva tirado o luto, lá estava ela, desfilando com a mais recente aquisição, modelo 2.0. Não, não era um carro novo. A razão de sua felicidade era a mais nova paixão que acabava de apresentar às amigas. Só que a cena já não causa espanto. As amigas, acostumadas com a reprise, não fazem questão de se apegar à bola da vez – e em breve, futuro ex. Conhece algum caso assim? O que não falta por aí é gente que troca de namorado como quem troca de roupa, sintomas de uma síndrome que atinge muitas mulheres: a de não saber ficar sozinha.

Sem férias

A estudante de turismo Virna Amorim, 26 anos, desde que começou a namorar, aos 16, nunca mais se deu férias de relacionamento. “A minha vida inteira emendei namoros. Só fiquei cinco meses sem ninguém. Não sei ficar sozinha, gosto de ter companhia pra ir ao cinema, pra tomar chope”, conta Virna. Moderna, independente e comunicativa, ela é uma pessoa de poucos, mas verdadeiros amigos e, definitivamente, não se enquadra no perfil da mulher-pingente, que fica pendurada no pescoço do namorado. “Não me considero solitária, mas curto a solidão. Claro que não morro se ficar sozinha, mas adoro o sexo masculino”, complementa.

Puro vício!

Emendar paixões pode ser extremamente viciante. A professora de espanhol Fabiana Ribeiro, 25 anos, mesmo noiva há quase dois meses, ainda se considera uma mulher carente de tudo: de amigos a namorados. Até encontrar o noivo, emendou um relacionamento no outro mesmo que não estivesse procurando ninguém. “É natural, acontece, saio e começo a namorar. Já acostumei a não ficar sozinha e, pra dizer a verdade, prefiro estar com alguém ao meu lado. Mas também não começo a namorar se não estiver gostando da pessoa”, acrescenta. A cura Fabiana garante já ter alcançado, ela jura estar fechada para balanço eterno.

Carência afetiva

Segundo a psicóloga especializada em sexualidade Leila Cardozo, essa síndrome pode ter diversas causas que vão desde a cobrança da sociedade para que as pessoas sejam aceitas dentro dos seus padrões à frustração do término de um namoro, o que acaba fazendo com que um dos lados deposite suas expectativas numa próxima relação. A carência afetiva é outra razão muito comum: “Hoje, os pais não dão atenção aos filhos por diversos motivos, principalmente pela correria do dia a dia. Muitas crianças recebem dinheiro deles, mas não têm carinho, o que acaba ficando no subconsciente, transformando-as em adultos carentes”.

Foi o que aconteceu com a artesã Edina de Castro, 36 anos. Segundo ela, o tempo foi o seu maior aliado, principalmente no que diz respeito ao amadurecimento afetivo. Mas até chegar a essa conclusão, ela pulou de galho em galho e beijou muito na boca. “Sou a caçula de três filhas e por isso sempre fui mimada e considerada a mais bonitinha, a mais inteligente, a mais tudo. Por causa da criação que tive, me tornei insegura principalmente nos relacionamentos, o que me transformou em uma pessoa extremamente carente”, lamenta Edina.

Enquanto muitas mulheres seguem à risca o velho ditado “antes só do que mal acompanhada”, outras não se constrangem em rebatê-lo: “antes mal acompanhada do que só”. No jogo do amor não existem regras. Nele, quem dita o rumo das coisas é o coração.

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