Índias do Brasil > As mães do povo brasileiro

BARTIRA

Filha do cacique Tibiriçá, o mais importante líder da capitania de São Vicente, região onde fica a cidade de São Paulo. Foi batizada com o nome de Isabel – nome que geralmente era dado às índias pelos padres católicos. Ficou famosa por ter se casado com João Ramalho e ser reconhecida como uma cidadã pelo governo colonial. Seu casamento foi fruto de uma decisão política que tinha como objetivo regularizar a ocupação das terras por portugueses e índios. Tiveram muitos filhos, que vieram a ser a origem de várias famílias tradicionais de São Paulo.

PARAGUAÇU

Filha do morubixaba Taparica, da nação Tupinambá da Bahia. Casou-se com o português Diogo Álvares Correia, conhecido como Caramuru – homem de fogo. Conta a lenda que Diogo naufragou na Maraquita em 1510. Como era de costume de alguns povos, ia ser devorado, e salvou-se graças a índia Paraguaçu, que intercedeu a seu favor. Embora ela estivesse prometida para o índio Gupeva, conseguiu unir-se a Caramuru e quando já tinham alguns filhos viajaram para a Europa. Chegaram em Saint Malo em julho de 1528, onde foi batizada como Catarina Alvares, em homenagem a Catharine des Ganches, mulher do capitão do navio que os levou para lá. Voltando à Bahia, o casal foi muito importante no estabelecimento de alianças entre os Tupinambá e os portugueses.

Contam que Paraguaçu era muito corajosa, salvou seu marido de emboscadas, construiu igrejas e viveu o suficiente para casar seus filhos com personagens da corte, gerando importantes famílias baianas. Mas esta história nos leva a outra índia, Moema, também esposa de Caramuru e pasmem, irmã de Paraguaçu.

MOEMA

Nascida também na Bahia, morreu por amor, com a partida de Caramuru para a Europa com Paraguaçu. Jogou-se no mar e nadou atrás do navio até se esgotarem as suas forças. Moema teve diversos filhos com Caramuru, a primogênita, Madalena Caramuru foi uma das primeiras mulheres letradas do Brasil.