“A Rainha” (“The Queen”, 2006), do diretor inglês Stephen Frears, é considerado um dos favoritos ao Oscar deste ano. Indicado em seis categorias, o filme revela a intimidade da família real britânica na época do trágico acidente da Princesa Diana em Paris.
Um misto de ficção e reconstituição histórica, “A Rainha” na verdade expõe a disputa de interesses políticos entre Sua Majestade Elizabeth II e o recém-empossado Primeiro Ministro Tony Blair.
Em meio à comoção mundial pela morte de Diana se encontra uma gélida e aparentemente insensível rainha – brilhantemente interpretada pela atriz Helen Mirren – que se nega, num primeiro momento, a prestar as honras reais à ex-mulher de seu filho. Fica a cargo do oportunista e ainda inseguro Blair convencer Elizabeth II a se render à popularidade de Diana e manifestar algum tipo de carinho – ou, pelo menos, consideração – à Princesa do Povo.
Diana era uma princesa de verdade. Sua realeza estava em seu olhar, em seus atos, em sua sinceridade
Conhecida e admirada por sua ligação com as pessoas comuns, Lady Di – como era geralmente chamada pela mídia e pelos súditos – rompia protocolos para ficar perto daqueles que realmente precisavam de ajuda. Abraçava aidéticos, acariciava crianças doentes, conversava com deficientes e pobres, envolvia-se de verdade com causas humanitárias.
A linda jovem de 20 anos que se tornou Princesa de Gales ao se casar com o Príncipe Charles em 1981 marcou uma época e mudou a realeza britânica para sempre. Seu jeito transparente e puro de agir no dia-a-dia contrastava com a atitude imponente e glamourosa nos bailes de gala. Diana era uma princesa de verdade. Sua realeza estava em seu olhar, em seus atos, em sua sinceridade. Até então, a monarquia era uma instituição sem-graça e em decadência. Diana trouxe charme e renovação ao Reino Unido e revelou o lado sofrido e angustiante de se viver um casamento de aparências.
Símbolo de elegância, ditou moda como poucas. Lançou cortes de cabelo, comprimentos de saias, decotes ousados, cores alternativas. O sorriso suave e ingênuo e o olhar doce tornaram-se símbolo de uma mulher que se recusou a viver o papel figurativo da corte e lutou pela própria felicidade.
Suas roupas expressavam sua independência e sua autoconfiança. Nos últimos anos de sua breve vida, Diana imprimiu um estilo tão original e próprio que a transformou em ícone da moda pós-feminista. Roupas sensuais que valorizavam ao invés de esconder o corpo traduziam o espírito das mulheres de uma geração livre das convenções e inibições de uma burguesia preconceituosa.
Duas gerações distintas. Duas mulheres poderosas. Cada uma a seu modo. Elizabeth II foi criada e educada para ser rainha um dia. Seu poder vem de sua posição social e política, de seu endereço residencial, de seu sobrenome. Considerada severa e reservada, a rainha britânica ocupa ainda hoje um lugar especial nos corações de seus súditos pelo peso da história, do passado, das raízes do país. A coroa fala mais alto e assegura o prestígio da soberana.
Quando examinamos a história do feminino, verificamos que desde os períodos Paleolítico e Neolítico já existiam cultos matriarcais em que a deusa-mãe era adorada. Nos séculos XVII e XVIII, as funções de esposa, de mãe e educadora dos filhos colocaram a mulher em pedestais filosóficos, superando princípios patriarcais que desprezaram e inferiorizaram o sexo feminino por muitos séculos. A mulher, apesar de não ser considerada um ser igualitário e autônomo, passa a ter papéis reconhecidos pela sociedade. Com o tempo, a mulher evolui ainda mais socialmente e começa a ocupar espaços efetivamente masculinos como cargos de responsabilidade, de chefia e mesmo de expressão política.
No entanto, o poder de Diana não estava atrelado a nenhuma dessas opções. Sua força vinha de sua espontaneidade. Apesar das origens nobres, ela reverteu a austeridade real a seu favor, modernizando o que era sisudo, antiquado, engessado. O frescor de sua juventude e a sinceridade de suas atitudes superaram a tradição histórica.
Diana conseguiu provar que o poder vinha do próprio povo. O culto a sua beleza, as roupas de grifes famosas, a amizade com artistas badalados, a paixão pelo rock´n roll tão criticados por seus parentes reais não conseguiram esmaecer o brilho natural e verdadeiro da eterna Princesa de Gales.

Mocassim carnavalesco, da Isabella. Conforto total.

Pulseiras coloridas e divertidas da Overend.

Sapatilha de pois da Sollas. Pra se acabar!

Rasteirinha com cristais, da Manuela Carreira.

Colar de pedrinhas, da Phillipe Martin. Pra dar um plus naquela regatinha.

Cartucheira de oncinha, para deixar a bolsa em casa. Da Sollas.

Batinhas para a folia! Da Kyzla Ribas.

Tomara que caia evasê, leve e fresquinho. Da Lucidez.