Simone Biles é a ginasta mais condecorada da história e começou no esporte por acaso
Simone Biles, considerada a maior ginasta do mundo, possui trajetória marcada por muita superação e, sobretudo, sucesso. Nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a atleta, dos Estados Unidos, se destacou, disputando o mundial com Rebeca Andrade, que ocupa a segunda posição no ranking global de popularidade.
Como Simone Biles se tornou a maior ginasta do mundo
A atleta nasceu em Columbus, Ohio, em 15 de março de 1997. No entanto, apesar de tantas conquistas, Simone não teve uma vida fácil. A ginasta, por outro lado, se apaixonou pela modalidade ainda na infância e perseguiu seus sonhos com determinação.
O destino teve um papel fundamental para apresentar Simone à ginástica artística. Durante um passeio no campo, com outras crianças, a atleta precisou procurar abrigo devido à chuva forte e foi parar em um centro de treinamento próximo, em Houston.
No local, Simone percebeu, a princípio, que precisava trilhar um novo caminho, começando a treinar em seguida, encorajada a seguir em frente, diante do talento que mostrou. Nesse meio tempo, a ginasta se tornou uma lenda mundial.
A fama veio somente em 2013. Com apenas 16 anos, Simone conquistou duas medalhas de ouro no Campeonato da Antuérpia, inclusive o título principal. Foi nesse campeonato, inclusive, que surgiu o Biles – movimento inovador no solo que consiste em salto com meia torção.
Posteriormente, a atleta conquistou quatro ouros no Campeonato Mundial de 2014, bem como outros quatro em 2015, se tornando uma potência rumo aos primeiros Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, em 2016. No torneio, conquistou outro nas provas de solo, equipe, salto e all-around, além do bronze na trave de equilíbrio.
Em 2019, no Campeonato Mundial em Stuttgart, Simone Biles se superou e conquistou, de uma vez, cinco ouros. Na competição, da mesma forma, a atleta viralizou ao apresentar um novo movimento, o Biles II, um salto mortal duplo para trás, com giro triplo.
História de Simone Biles fora da ginástica artística
A trajetória de Simone Biles teve superação desde cedo. Quando tinha apenas dois anos, a atleta foi levada para um orfanato após a mãe, viciada em álcool e drogas, perder o direito de cuidar dos quatro filhos.
Simone só deixou o abrigo depois de uma luta intensa da avó, Ron, para adotá-la. Durante anos, a ginasta morou com ela e uma irmã. Os outros dois irmãos, em contrapartida, chegaram a ser adotados por uma tia-avó.
Com o sucesso, no entanto, Simone Biles passou a ser acometida por grande pressão para vencer. Nos Jogos Olímpicos de 2020, a atleta acrescentou mais duas medalhas às suas conquistas, mas precisou se retirar da maior parte das provas para priorizar sua saúde mental.
Apesar de abalada, Simone Biles se tornou exemplo ao levantar debate em torno do assunto. Durante sua trajetória na modalidade, a atleta também teve uma treinadora que “castigava” as ginastas, proibindo o consumo de água nos treinos.
Depois de Tóquio, Simone optou por um hiato em sua carreira profissional, retornando no Campeonato Mundial de Ginástica Artística de 2023. Durante a participação, a atleta garantiu que o sucesso, após tudo que passou, tinha ganhado um novo significado.
No total, a atleta acumula mais de 30 medalhas na competição, batendo o recorde de medalhas de ouro em mundiais, que antes era de 23. “Sucesso, para mim, significa algo um pouco diferente agora. Antes, todos determinavam o sucesso para mim, embora eu tivesse minha própria narrativa”.
“Agora, trata-se de estar presente, ter um bom estado mental, divertir-se e deixar que aconteça o que tiver que acontecer”, declarou, ao Olympics.com, durante o torneio da Antuérpia.