Decorar a casa sozinha não é tarefa fácil. Analisar os ambientes, escolher os móveis e itens que farão parte dos cômodos exige muito mais do que apenas bom gosto. Recorrer à ajuda de arquitetos e designers de interiores é a melhor opção, pois eles são os especialistas no assunto, mas muitas vezes o orçamento está comprometido e a escolha tem que ser por si só mesmo.
Daniel Veiga, sócio no escritório Marília Veiga Interiores, comenta que não há regras para a decoração, mas que é preciso ter bom senso e saber equilibrar os objetos no ambiente, desde os maiores, como os móveis, até os mais detalhados, como os porta-retratos.
Nem sempre ter um monte de elementos deixa o ambiente agradável. Como diz a famosa frase, “menos é mais”. “Vivemos em uma época na qual os excessos não são permitidos. Às vezes é melhor ter menos objetos com mais importância para a pessoa do que ter uma salada de coisas”, recomenda Daniel. O conjunto decorativo precisa estar em harmonia. Se a sua casa tem um ar mais moderno, colocar móveis e objetos rústicos talvez não seja a melhor opção. “É importante entender o estilo da decoração e usar itens que combinem com ela”, indica.
Móveis muito grandes em apartamentos pequenos também são vilões. “Analise a proporção da sua mobília. Não se deve deixar a casa com cara de aperto”, comenta. Daniel também lembra que é preciso experimentar os móveis. “As pessoas têm tamanhos diferentes. A altura do próprio armário pode complicar suas vidas”, diz.
Na hora de usar plantas na decoração, é preciso escolher as que são adequadas para o local. Quando não há iluminação e ventilação suficientes, a planta não aguenta por muito tempo. É preciso cuidar dela toda a semana. “Usamos muito as plantas no terraço e nos ambientes interiores por conta disso. É melhor do que ter uma planta desnutrida”, comenta.
Que o espelho é um ótimo aliado, quase todo o mundo já sabe. “Ele dá uma sensação de ampliação ao local. Gostamos de usá-lo em modulações diferentes, como se fosse um quadro e em conjunto”, diz Daniel. Ele alerta ser necessário analisar o que o espelho está refletindo. Detalhes como o desgaste de um móvel, fios sobrando do sofá, entre outros, podem atrapalhar.
As cores são permitidas para deixar o ambiente com um ar mais alegre e vivaz. Mas tem pessoas que acabam inserindo-as em todo o cômodo e isso pode acabar com a decoração harmônica. Daniel alerta: “se tem muita cor, às vezes não dá certo. No projeto, separamos as que estarão envolvidas no espaço, desde o tom do sofá, móveis, paredes, até as dos itens decorativos. É melhor usar as mais neutras nos objetos maiores, pois assim você erra menos”. Ele comenta que dessa forma, é possível trocar os tons do ambiente com mais facilidade. Se você cansou daquela almofada, porta-retratos e outros itens coloridos é só substituí-los. Daniel também indica não usar as cores vivas em todas as paredes do cômodo. “Se quer uma cor forte, aplique em uma só parede”, diz.
Daniel diz que decorar é como se vestir. É preciso ter um feeling se aquilo vai ficar bom. “Se você vai a um casamento, as roupas escolhidas serão mais formais. Se for para o shopping, a opção será mais despojada. Isso tem muito a ver. Mas depende totalmente do gosto da pessoa. A decoração não pode ser impessoal”, recomenda.
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