Trazer outro cão para casa requer cautela. Veja como agir

Se você já tem animais de estimação, mas está pensando em levar mais um amigão para casa, é preciso planejar um esquema de adaptação para que os pets não se estranhem. Dependendo de como o primeiro encontro é promovido, eles podem avançar e sair machucados.

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Segundo a veterinária Ceres Faraco, parceira da Comac (Comissão de Animais de Companhia do SINDAN – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal), cães equilibrados normalmente são sociáveis e permitem a introdução de novos animais no convívio diário. Entretanto, alguns cuidados podem facilitar o processo. Ela indica como deve ser o ritual de apresentação:

Como aproximar os pets

Em primeiro lugar, é importante escolher o local de encontro. Segundo a especialista, a rua é uma boa opção. “Os cachorros tendem a ficar mais agressivos no espaço em que vivem. Por isso, a apresentação deve ser feita em um local neutro, e não familiar a eles. Uma única briga entre os dois pode tornar a inclusão mais complicada. O mesmo risco também existe se recolocarmos um cão com outro depois de terem sido separados por algum tempo”, afirma.

Leve os cães para a rua e inicie o processo de apresentação, que é dividido em três etapas.

1ª fase: Coloque os animais em calçadas opostas. Cada um deve ser segurado na coleira por um condutor. Posicione-os em uma distância suficiente para que, caso haja hostilidade, seja fácil de interromper. Nesta etapa, os cães vão se olhar e reconhecer.

“Eles não devem se olhar fixamente e nem tentar correr na direção do outro. Caso o cachorro faça algo que não deve, o condutor deve dar um puxão na guia e dizer ‘não’. Se ele insistir, distraia-o com brinquedos, ou afaste-o ainda mais do outro animal”, aconselha a especialista.

Quando os dois pets permanecerem absolutamente calmos ao ver o outro distante, inicie a próxima etapa.

2ª fase: A partir dos locais onde estão posicionados, os tutores devem se virar para o mesmo lado da rua e começar a caminhar paralelamente, conduzindo os animais. A ideia é que o cão foque apenas no que vê pela frente. Aos poucos, os condutores devem reduzir a distância, até que estejam lado a lado.

“Se surgir sinal de hostilidade, a caminhada é interrompida, e o treino recomeça da primeira etapa”, ensina Dra. Ceres.

A atividade termina quando os pets conseguirem caminhar bem próximos, a ponto até de se encostarem, sem demonstrar agressividade. Quando isso ocorrer, parta para a etapa final.

3ª fase: É indicado que se passeie bastante com os cachorros antes de iniciar esta fase, a fim de deixá-los bem cansados. Em seguida, coloque-os soltos no local onde irão conviver e supervisione a interação. “Previamente, retire da área comida, brinquedos e outros objetos que possam causar disputa”, aconselha a veterinária.

Orientações

  • Repita o processo até que a convivência seja harmônica. Até lá, não os deixe juntos ou em locais onde possam se ver.
  • Recompense o pet por comportamentos corretos.
  • Prefira animais de sexos opostos.
  • Se houver mais de um pet veterano na casa, realize o procedimento separadamente com cada um deles.