O consumo de açúcar na gravidez pode ser um complicador para a saúde da mãe e do filho. De acordo com o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”, além do risco da mulher desenvolver diabetes e ter um aumento de peso, há também efeitos a longo prazo para o bebê. “O açúcar deixa o feto mais ativo e, se a mãe ganha muito peso, pode transmitir o gene da obesidade, além de gerar no bebê resistência à insulina e diabetes”, afirma.
Leia também:
Café na gravidez pode? Deixa o bebê agitado?
Chocolate faz bebê se mexer? Veja mitos e verdades
O que realmente é perigoso para o bebê durante a gravidez?
No entanto, cortar totalmente o açúcar não é indicado, porque pode causar uma crise de hipoglicemia. “O importante é a grávida consumir o açúcar conscientemente, com o acompanhamento de um especialista em nutrição. A quantidade permitida vai depender do tamanho e do peso, não existe uma referência”, diz.
Doces na gravidez
O mesmo vale para os alimentos doces. “Se houver desejo, a dica é investir nas frutas, porque melhoram a vontade de consumir doces”, orienta. Quanto ao açúcar, ele indica o demerara, que é mais saudável, depois o mascavo e, como última opção, o refinado.
Depois do nascimento do bebê, os efeitos maléficos do açúcar diminuem. Mas é preciso ter atenção, pois consumir durante a amamentação pode aumentar as cólicas.
