Durante a primeira semana do mês de agosto, do dia 1 ao dia 7, a OMS (Organização Mundial de Saúde) celebra a Semana Mundial do Aleitamento Materno, que serve para conscientizar sobre a importância da amamentação.
Para abrir o calendário de ações de conscientização, a OMS aproveitou para divulgar um estudo em que os índices de aleitamento de todos os países são avaliados.
No relatório, a organização relembra os fatores que a levaram a fazer esse tipo de campanha e mostra o cenário atual do mundo.
Aleitamento materno no Brasil
De acordo com a OMS, o ideal é que os recém-nascidos sejam alimentados exclusivamente pelo leite materno até o sexto mês de vida. Porém, na pesquisa realizada, foi constatado que apenas 23 países chegam a 60% dessa meta, sendo que 194 países foram analisados.
No Brasil, só 38,6% das crianças são alimentadas exclusivamente através do peito nos primeiros meses. O índice é abaixo do recomendado pela OMS, ficando atrás da Bolívia, que alcança 64,3%, mas à frente da Argentina, que chega a apenas 33%.
A OMS também orienta que o aleitamento dure até os 2 anos, sendo que após os 6 meses, ele deve acompanhar a introdução alimentar.
Considerando a expectativa, o Brasil melhora, em partes, seu quadro. Até 1 aninho, 47% das mulheres amamentam suas crianças, mas é difícil chegar aos 2 anos: o número cai para 26%.
Prática é importante
Investir na amamentação é um dos mais efetivos investimentos para uma população mais inteligente e saudável. O leite materno protege a criança de diversas doenças, aumenta o QI do bebê e garante um laço intenso entre mãe e filho.
Para a mulher, amamentar também significa diminuir as chances de ter câncer de mama.
A principal recomendação da organização é que o bebê seja alimentado através do peito pela primeira vez uma hora depois do parto. Em todo o mundo, apenas 44% dos recém-nascidos são alimentos nesta primeira hora.
O aleitamento é uma opção da mãe, mas muitas coisas influenciam nessa decisão, como fatores políticos, ambientais, socioeconômicos e, especialmente, o sistema de saúde do país.
Por que as mulheres param de amamentar
Uma das razões mais fortes para que as mulheres parem de dar o peito antes do indicado é o trabalho. Elas voltam a trabalhar antes dos bebês completarem 6 meses e não conseguem fazer intervalos durante o expediente para amamentar.
Há 100 anos, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), determinou que as mulheres devem ter licença-maternidade paga, além de espaços de tempo durante o trabalho para atender aos filhos. Mesmo assim, as mamães encontram diversas dificuldades. Além disso, algumas mulheres não possuem conhecimento sobre a prática ou não se sentem confiantes.
A solução, de acordo com a OMS, é implementar políticas de incentivo. A organização ainda indicou 10 passos a serem seguidos como informar as mães de primeira viagem sobre os benefícios da amamentação, auxiliá-las durante as primeiras vezes dando o peito, providenciar ajuda para aquelas que tiverem mais dificuldade, oferecer suplementos apenas aos bebês que realmente precisarem e permitir que mães e filhos fiquem juntos durante todo o tempo já na maternidade.
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