Como estimular a fala do bebê

por | jun 30, 2016 | Gravidez e bebês

Mariana Bueno

Do Bolsa de Bebê

Os pais costumam ficar ansiosos pelas primeiras palavrinhas dos filhos, mas muitas vezes não sabem a forma correta de estimular o desenvolvimento da fala do bebê. A fonoaudióloga Quézia Bombonato, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), diz que esse estímulo deve começar cedo, antes mesmo das primeiras palavras. “É importante conversar com os bebês, colocar sons para ver qual é a resposta, até para a família saber se há algum tipo de dificuldade. Às vezes a criança não responde a estímulos do ambiente porque não esta ouvindo”, diz.

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Se não houver uma estimulação do ambiente, a criança pode, inclusive, ter um atraso na linguagem. Os pais precisam prestar atenção para conseguirem analisar qual a dificuldade da criança: troca de fonemas, dificuldade de organizar a estrutura das frases, dificuldade em contar um fato ou devido ao posicionamento da língua.

Primeiras palavras do bebê

Ao completar cinco anos, a criança já deve ter uma aquisição completa, atingindo todos os fonemas, e conseguindo se comunicar através da fala. Antes disso, o processo é gradativo até o bebê aprender a falar. “Até uns seis meses há apenas uma linguagem de grito e choro e, depois começa com o balbucio (bababá, lalala, etc), que tem mais ritmo. Até um ano e meio ela já começa a imitar pequenas palavras como papá, mama (de mamãe) e tem um tem um crescimento nesse vocábulo, com frases simples do tipo ‘nenê quer’ ou ‘papá gosta’, até os dois anos. Com dois anos e meio a fala começa a ter um aperfeiçoamento com um aumento significativo no vocabulário. Até os três anos essa fala ainda está em desenvolvimento, mas a criança passa a narrar fatos, contar coisas. De três a quatro já brinca com a linguagem, faz uso de uma forma mais efetiva, ela já tem de 50 a 70% de sons corretos”, explica.

Se um bebê demora a falar, os pais precisam se preocupar. Em primeiro lugar, a família deve perceber se há  estimulo suficiente. Se há, e, ainda assim, a criança não responde a ele, quanto mais cedo houver um diagnostico, melhor. Podem existir também fatores hereditários, orgânicos e emocionais. O ideal é pedir que o pediatra encaminhe a um fonoaudiólogo.

A especialista ressalta ainda a importância de não falar com linguagem infantilizada, nem repetir os erros que a criança comete ao falar por achar engraçadinho.