Mariana Bueno
Do Bolsa de Bebê
Para muitas gestantes ficam preocupadas ao pensarem na possibilidade de o bebê estar com o cordão umbilical enrolado no pescoço. Mas, ao contrário do que a maioria acredita, a situação é bastante comum durante o desenvolvimento do feto e nem sempre constitui um quadro grave. “O cordão umbilical enrolar no pescoço do bebê usualmente ocorre quando o cordão é comprido e, com a movimentação ativa do feto, ele envolve-se o pescoço da criança”, explica o ginecologista e obstetra Mário de Barros, chefe de obstetrícia do Hospital Pasteur, no Rio de Janeiro.
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Tamanho do cordão umbilical
É comum o cordão enrolar não só no pescoço, mas em diversas partes do corpo (Créditos: Thinkstock)
O comprimento do cordão umbilical varia de criança para criança e de gestação para gestação. “O cordão é composto de duas artérias e uma veia, e é preenchido por um tecido conjuntivo indiferenciado chamado de “Geléia de Whartonh”. Em média tem 59 cm podendo variar entre 40 cm ou até 71 cm ou mais”, diz.
Além do pescoço, por dar voltas em outras partes do corpo, como pés, abdome, braços e, em alguns casos, em todos os membros em conjunto.
Parto normal é possível
Outra informação muito difundida é a de que com o cordão enrolado no pescoço do bebê, o parto normal não é possível. Mas, segundo o médico, isso não passa de um mito. “O cordão pode estar enrolado, porém frouxo, permitindo sem prejuízos o parto normal”, afirma.
Ele ressalta também que o cordão umbilical não enforca o bebê. “Pode acontecer uma obstrução do fluxo sanguíneo e, mesmo assim, é algo que pode ser previsto. Até mesmo nos serviços de obstetrícia mais humildes é possível monitorar esta situação, desde que na falta de um aparelho de cardiotocografia haja a monitoração por sonar. Se o cordão estiver apertado, causando prejuízo no ritmo do batimento cardíaco do feto, como bradicardia persistente ou arritimia, opta-se pela cesariana”, diz.
Acompanhamento pré-natal
Monitoração dos batimentos cardíacos do feto ajuda a evitar problemas no parto (Créditos: Thinkstock)
De acordo com o médico, as maiores complicações do cordão umbilical estão relacionadas ao posicionamento da placenta. No pré-natal é possível fazer o acompanhamento e analisar essa situação específica na realização do doppler colorido, na 28º semana de gestação, permitindo assim proteção à gestante.