Escolhendo a babá > Observando a criança

Depois de toda esse processo seletivo o que os pais querem é a tranqüilidade de saber que seus pimpolhos estarão em segurança, tanto física quanto psíquica. Diante de tantas notícias de maus tratos é imprescindível que os pais estejam ainda mais atentos ao comportamento da criança. “O melhor é não ter dúvidas. Os pais devem sempre mostrar que estão interessados e envolvidos em saber o que acontece com a criança. E é importante que diante de uma desconfiança, os pais não percam tempo até chegarem a alguma conclusão. É preciso agir rápido”, argumenta Doris Barg, idealizadora e psicanalista do Projeto Mammy To Be. Ângela Correa é mais enérgica: “Quando os pais desconfiam do comportamento da babá, o melhor é mandar embora. Os pais não podem pôr seus filhos em risco. É preciso verificar, mas sem expor a criança”, afirma.

Manter um diálogo constante com a criança ajuda nessa tarefa. Mesmo os mais pequenos, incapazes de falar, possuem modos próprios de comunicar aos pais se estão ou não satisfeitos. Irritação, ansiedade, dores de barriga, recusa na alimentação, choro e febres constantes podem ser sintomas de algo está errado. Quando já está maior, a criança já pode relatar o que lhe aconteceu durante o dia. “É importante que os pais deixem claro para a própria criança, diante da babá, qual o papel que ela exerce; o que a babá pode fazer na ausência dos pais e quais são as atitudes esperadas e aquelas não são permitidas”, observa a psicóloga Fernanda Gorosito.

É preciso também que os pais mantenham uma comunicação constante com a babá – avaliar seu trabalho, elogiar suas atitudes corretas, relembrar as orientações estabelecidas no momento da contratação e fazer um balanço das coisas que ela ainda precisa melhorar. “Se você mantém aberto um canal de comunicação fica bem mais fácil conversar com a babá sobre eventuais falhas, sem temer que ela leve isso para o lado pessoal, criando um clima tenso e hostil que seria péssimo para todos”, esclarece Fernanda Roche.

O papel de cada um

É fundamental delinear claramente os limites da atuação da babá na vida das crianças. Elas não substituem os pais, ainda que tenham grande participação no desenvolvimento infantil. “A babá deve sempre falar em nome do pais. O ideal é que as mães passem todas as tarefas da babá na frente na criança, porque assim ela consegue associar quem realmente está no controle. Mas a babá precisa manter a ordem, se ela só diz sim, a criança cria um padrão de comportamento que será prejudicial para o seu desenvolvimento, sem limites”, explica Fernanda Roche.

Mesmo depois de uma boa escolha, muitos pais – e mães, principalmente – se sentem culpados em deixar seus filhos em casa como uma estranha, ou têm medo de perder a intimidade com o filho. “Às vezes, não há opção. Só se contrata uma babá por necessidade. Então, é preciso ter em mente que uma mãe nunca abandona o filho. A babá não rouba o lugar da mãe porque esse lugar não se perde”, conclui a diretora da Unire, Ângela Correa.

Saiba mais entrando em contato:

Unire – Desenvolvimento Humano

Kanguruh

Criança em Foco – Espaço de Desenvolvimento

Mammy to be

Escola Psicológica Regina Elia