O método de esterilização feminina pela laqueadura é um dos mais usados hoje, principalmente por mulheres com mais de 35 anos. É difícil termos um percentual exato das que optam por essa prática. Muitas vezes, o procedimento é feito ambulatorialmente. O American College of Obstetricians and Gynecologists estima que a laqueadura tubária seja o método de contracepção adotado por 28% dos casais norte-americanos.
O funcionamento deste método é simples: secciona-se ou liga-se uma porção de cada uma das tubas uterinas – órgãos tubulares com a função de ligar os ovários ao útero para permitir a passagem do óvulo em direção ao útero e do espermatozóide em direção ao óvulo. Com o método, a fecundação (união óvulo-espermatozóide) e a nidação (aderência) do óvulo no útero são impossibilitadas.
Quem pode
A laqueadura é indicada como procedimento de esterilização eletiva para mulheres certas da decisão de não querer filhos. É comum também entre as que afirmam já ter o número de filhos desejados e para as mulheres que, por processos patológicos, tenham riscos de vida se vierem a engravidar. Pode ser uma forma de evitar a transmissão de doenças hereditárias após aconselhamento genético também.
Antes da indicação, deve-se fazer um aconselhamento adequado. Vale não só para a mulher, mas para o casal e os familiares. Orientações médicas e psicológicas esclarecem que é um procedimento permanente e irreversível. Como qualquer cirurgia, o procedimento tem riscos. No caso da laqueadura, pode provocar aderências e dor pélvica crônica. A laqueadura também tem contra-indicações, que vão de acordo com a história de cada paciente.
É importante salientar que o arrependimento após a esterilização via laqueadura tubária é possível. Estudos mostram que, quanto mais jovem a paciente se submete a esta cirurgia, maior a chance de se arrepender. Por este motivo, devem ser discutidas as alternativas contraceptivas quando a paciente demonstra o desejo de passar por este procedimento.
Os métodos
Existem vários métodos cirúrgicos para realização da laqueadura tubária. Ligação e ressecção de uma porção da tuba uterina, colocação de clipes e anéis, eletrocoagulação, entre outros. A laqueadura pode ser feita por via laparotômica (com incisão da parede abdominal) ou via laparoscópica (por meio da videoendoscopia – introdução de uma ótica através do umbigo e pinças cirúrgicas por pequenos orifícios no abdome).
Existe a possibilidade de ser feita por via vaginal, mas é escolhida em último caso, para pacientes reservadas. É um procedimento que pode ser realizado no mesmo momento que uma cesariana ou outra cirurgia abdominal qualquer.





